Marcelo Rebelo de Sousa realiza entre segunda e terça-feira uma visita oficial à Guiné-Bissau, a primeira enquanto chefe de Estado português, com um programa intenso, que inclui uma homenagem aos antigos combatentes portugueses sepultados em Bissau.

Segundo o programa a que a Lusa teve acesso, o Presidente da República chega na segunda-feira ao final da tarde a Bissau, tendo previsto um encontro com representantes da comunidade portuguesa numa unidade hoteleira da capital guineense.

Estimativas oficiais indicam que vivem na Guiné-Bissau cerca de 2.500 portugueses, mas muitos não estão permanentemente no país.

Os mesmos dados indicam que os portugueses residem maioritariamente na região de Bissau e Biombo (cerca de 73%), mas também na região Norte (Cacheu e Oio) e Leste (Bafatá e Gabu), e trabalham, sobretudo, nas áreas do comércio e retalho, construção civil, logística e distribuição e cooperação e desenvolvimento.

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O programa da visita concentra-se na terça-feira com uma série de encontros institucionais a começar pelo seu homólogo, Umaro Sissoco Embaló, no Palácio da Presidência, em Bissau. O encontro é seguido de declarações à imprensa, e de um almoço.

Antes, Marcelo Rebelo de Sousa vai deslocar-se à Fortaleza Amura onde depositará coroas de flores nos túmulos de Amílcar Cabral e João Bernardo “Nino” Vieira, em homenagem aos heróis da luta da independência.

Após o encontro com o chefe de Estado guineense, o Presidente português presta homenagem aos antigos combatentes portugueses da guerra colonial sepultados no cemitério de Bissau.

Marcelo Rebelo de Sousa reúne-se também na terça-feira com o presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, e com os líderes das bancadas parlamentares, nomeadamente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Partido da Renovação Social (PRS) e Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).

A visita termina com um encontro com o primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam, no Palácio do Governo, em Bissau.