Em fevereiro o Governo lançou uma linha de crédito, através do Banco de Fomento, de 100 milhões de euros para apoiar as agências de viagens a reembolsar os clientes no contexto da pandemia da Covid-19, que obrigou ao cancelamento de milhares de viagens. Nestes cerca de três meses já foram aprovados cerca de 50 milhões de euros, atribuídos a 40 empresas. Ainda assim, um número reduzido comparando com as 1.623 agências que a linha de apoio às micro e pequenas empresas do turismo que já foram apoiadas até ao momento.

Os números são avançados na edição desta segunda-feira pelo jornal Público que cita dados do Banco Português de Fomento referindo que dos 50 milhões de euros atribuídos, 75% foram para empresas no norte do país, seguindo-se a Grande Lisboa. Até 30 de junho está ainda disponível metade da linha de crédito para apoiar as empresas. As garantias do Estado cobrem 90% do empréstimo, que é feito através dos bancos.

Com um prazo máximo de operações de seis anos e um período de carência de 24 meses, os valores não podem ultrapassar “o dobro da massa salarial” da empresa ou “25% do volume de negócios” registado em 2019, antes do impacto da pandemia.

O Público escreve ainda que uma das empresas que recorreu a este apoio foi a Agência Abreu, que confirmou ao diário, “cifras de dois dígitos em milhões de euros”. “Estamos atualmente na fase final do processo, tendo já realizado a maior parte da devolução pelas viagens não realizadas em 2020”, explicou a empresa ao jornal que acrescentou ainda que a Abreu está a antecipar os reembolsos para não perder a confiança dos clientes.

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