Um naufrágio no arquipélago dos Bijagós, sul da Guiné-Bissau, matou pelo menos duas pessoas e deixou três desaparecidos, informou o capitão dos portos do país, Sigá Batista.

O naufrágio ocorreu por volta das 20h00 de terça-feira, quando uma piroga de pesca oriunda de Unhocome, última ilha da Guiné-Bissau, em direção a Bissau, parou na ilha de Carace, onde apanhou passageiros que queriam chegar à capital, explicou Sigá Batista.

No trajeto para Bissau, a piroga terá embatido num banco de areia entre as ilhas do Maio e Papagaio, disse Batista, acrescentando que aquela localidade “é de difícil navegabilidade mesmo durante o dia, quanto mais à noite“.

Sigá Batista explicou que não existe transporte regular entre aquelas ilhas da Guiné-Bissau e que de vez em quando são os pescadores que transportam as pessoas em viagens. O capitão dos portos da Guiné-Bissau negou que o acidente se deu por falta de iluminação no local.

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Há mais de 30, 40 anos que não há um farol naquela zona, mas as pessoas atravessam aquela zona sem problema”, observou Sigá Batista, lamentando que o pescador não tenha preferido navegar durante o dia.

Ao tomarem conhecimento do acidente, alguns pescadores e populares de ilhas vizinhas fizeram-se ao local, tendo conseguido resgatar nove pessoas com vida e dois corpos, explicou Sigá Batista. Uma equipa de resgate do Instituto Marítimo Portuário já se deslocou ao local do acidente na tentativa de encontrar as três pessoas desaparecidas, revelou o capitão dos portos da Guiné-Bissau.

Sigá Batista aproveitou uma conversa com jornalistas para revelar “a situação de dificuldade” que o comando dos portos guineense enfrenta.

Há mais de cinco anos que estamos sem meios de resgate próprios. Se acontece um acidente somos obrigados a pedir emprestado os meios aos privados, se não estiverem disponíveis, aí ficamos de braços cruzados, sem poder fazer nada”, sublinhou Sigá Batista.