O melhor automóvel francês, se considerarmos a potência, a capacidade de aceleração e a velocidade máxima, bem como a tecnologia a que recorre, é de longe o Bugatti Chiron. O seu imponente motor com 16 cilindros arrumados em W, com oito litros de cilindrada e quatro turbocompressores, debita 1500 cv, o que o empurra com surpreendente ligeireza até aos 420 km/h.

Mas este não é um Chiron qualquer, uma vez que a marca optou por convidar para o confronto com o jacto de guerra o Chiron Sport, uma versão que mantém o motor de 1500 cv, mas que é substancialmente mais rápida graças a uma dieta que o fez perder peso. De caminho, o Sport herdou também uma gestão electrónica mais agressiva, a nível do controlo de tracção e da estabilidade.

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Frente a este Bugatti, na realidade um exemplar da nova série especial limitada a apenas 20 unidades para homenagear os pilotos franceses conhecidos como Les Legendes du Ciel (LDC), no valor de 2,88 milhões de euros cada, apresentou-se o mais recente avião de guerra da igualmente francesa Dassault. O aparelho em causa é o Rafale, concebido para a marinha, um caça com apenas um lugar e um peso de 10,3 toneladas a seco e 24,5 toneladas com carga máxima.

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O avião está equipado com dois motores a jacto capazes de fornecer 5727 cv, o que lhe permite uma velocidade máxima de Mach 1,6, o que equivale a 1975 km/h, mas só depois de descolar e recolher o trem de aterragem. Se o Chiron Sport LDC impressiona ao necessitar de apenas 2,4 segundos para ultrapassar a fasquia dos 100 km/h, passando os 200 km/h em 6,1 segundos, os 300 km/h em 13,1 segundos e os 400 km/h em 32,6 segundos, o Rafale não lhe fica atrás. O arranque é a fase mais complicada para o jacto de guerra, mas ainda assim o aparelho da Dassault atinge 165 km/h ao fim de somente 150 metros, para na linha dos 250 m já rodar a 210 km/h, descolando após percorrer 450 m a 260 km/h. É a partir daqui que a capacidade de aceleração se torna verdadeiramente impressionante.

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No arranque, o Chiron Sport LDC sai melhor e conquista algum avanço, mas o Rafale recupera rapidamente. “Arranquei à frente e conquistei algum avanço nas primeiras centenas de metros, mas nas seguintes o avião apanhou-me e passou por mim a 20 metros do solo, num momento incrível”, reconhece o piloto oficial da Bugatti Pierre-Henri Raphanel.