A maioria dos 13 detidos pela PSP de Leiria na operação “SOLUM” na sequência de uma investigação de um processo de tráfico de estupefacientes têm antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime, disse esta quinta-feira o comissário Antunes.

Grande parte dos suspeitos já é conhecida e tem historial pela prática deste tipo de crimes [tráfico de droga]. A maioria tem laços familiares. Dos 13 detidos, 12 serão presentes esta sexta-feira à autoridade judiciária competente, para aplicação das medidas de coação”, revelou a mesma fonte.

Um dos suspeitos foi detido por posse ilegal de arma, pelo que deverá ser julgado em processo à parte.Numa nota de imprensa, a PSP de Leiria informou ainda que na operação foram detidas 13 pessoas: quatro em flagrante delito (uma mulher e três homens) e nove fora de flagrante delito (três mulheres e seis homens), com idades compreendidas entre os 30 e os 56 anos de idade, pela prática de vários crimes, em especial o de tráfico de droga. Foram ainda constituídas arguidas outras duas pessoas.

A operação foi desencadeada pela Esquadra de Investigação Criminal da Divisão Policial de Leiria, no âmbito de um inquérito crime dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria e decorreu nos concelhos de Leiria, Marinha Grande, Batalha, Porto de Mós, Nazaré, Loures, Seixal e Vila Nova da Barquinha.

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Foram apreendidas 1.020 doses de cocaína (204 gramas), 200 doses de canábis e uma dose de haxixe, seis automóveis, alguns dos quais de gama alta, um motociclo, duas bicicletas, uma míni moto 4, 245 euros em dinheiro, três armas de fogo, 91 munições, duas armas brancas e diversos portáteis, telemóveis e outros objetos relacionados com o crime em investigação, refere a nota de imprensa

Segundo o comissário, a operação visou o cumprimento de 15 mandados de busca domiciliária e cerca de 40 mandados de busca não domiciliária e resulta de uma investigação iniciada há cerca de um ano.

O comissário Antunes esclareceu que este grupo lidava “com uma quantidade e frequência com alguma dimensão ao nível do tráfico de estupefacientes, o que causava um grande sentimento de insegurança na região“. “A rede criminosa investigada atuava maioritariamente na zona de Leiria, mas tinha algumas pessoas com ligações às zonas do Seixal, Loures e Praia do Ribatejo, que foram investigadas”, revelou.

Entre os sete veículos apreendidos, a Lusa verificou que estava um com referência de serviço TVDE. O comissário confirmou que “um dos suspeitos trabalhava como motorista da TVDE, embora isso também servisse como camuflagem“.

Ainda mais neste momento de pandemia, com restrições de circulação entre concelhos, essa atividade permitia maior facilidade de movimentação dos suspeitos”, explicou.

O comissário adiantou que a operação liderada pela Esquadra de Investigação Criminal da Divisão Policial de Leiria desencadeou na quarta-feira, durante a tarde, pelas 13:30, “com a continuação de diligências pela madrugada”.

“Estiveram empenhados cerca de 80 polícias do Comando Distrital da PSP de Leiria, da esquadra de investigação criminal e da ordem pública. Contámos com o apoio da Unidade Especial de Polícia do Comando Metropolitano de Lisboa e com a Guarda Nacional Republicana”, informou.

A Lusa presenciou, na quarta-feira, que depois de se concentrarem nas instalações do Comando Distrital da PSP de Leiria, alguns veículos da PSP caracterizados e à civil avançaram para o terreno, pelas 16:30, tendo estacionado num local estratégico, perto de uma das zonas de buscas.

Pouco depois a saída dos agentes para uma das residências de suspeitos, na freguesia de Azoia, em Leiria, onde se posicionaram, preparando-se para o desenrolar da operação. As comunicações via rádio davam para perceber que a operação estava a ter sucesso nos outros locais definidos para as buscas. A investigação ainda prossegue.