As duas delegações que o Egito enviou para supervisionar o cessar-fogo na Faixa de Gaza chegaram esta sexta-feira a Israel e ao enclave palestiniano, onde a calma reina após 11 dias de conflito.

De acordo com a agência de notícias oficial egípcia MENA, as delegações transmitiram às duas partes “a importância de se comprometerem com a implementação do acordo de cessar-fogo do Cairo“, que foi aceite na noite de quinta-feira por Israel e pelo movimento islâmico Hamas.

Uma das delegações, que foi à Faixa de Gaza para monitorizar a trégua no enclave palestiniano, falou com representantes do Hamas, que agradeceram ao Egito a mediação e os esforços para conter a violência.

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Segundo a MENA, ambas as partes, israelitas e palestinianas comunicaram aos enviados egípcios o seu compromisso “incondicional” com o acordo, cujos pormenores ainda não foram divulgados, pedindo ao Egito para monitorizar a aplicação do cessar-fogo.

Num sinal de boa vontade, Israel reabriu esta manhã, durante seis horas, a passagem de Kerem Shalom, pela qual permite a passagem de ajuda humanitária. Esta travessia já permitiu a entrada de dezenas de camiões com equipamento humanitário, incluindo material médico e alimentos.

O cessar-fogo coloca uma pausa na pior escalada de violência em Gaza desde 2014, tendo já provocado pelo menos 243 mortes, incluindo 66 crianças. Nos 11 dias de confronto, foram disparados mais de 4.400 foguetes desde Gaza contra Israel, que respondeu com mais de 1.600 ataques aéreos tendo por alvo posições do Hamas.

O Egito — com o apoio da Jordânia, dos Estados Unidos e da ONU — foi o principal mediador das negociações de paz, sendo o único país que mantém canais diplomáticos abertos com ambas as partes.