Em queda consistente desde o final da terceira vaga da pandemia, os internamentos voltaram a cair muito ligeiramente esta sexta-feira (foi contabilizada menos uma pessoa internada na comparação com as 24 horas anteriores), chegando agora ao número total de 207. É preciso andar para trás mais de um ano e regressar praticamente ao início da pandemia para encontrar um dia com menos pessoas hospitalizadas — 26 de março de 2020, 191. No caso dos internamentos em unidades de cuidados intensivos, a regressão no calendário é um pouco menor mas igualmente impressionante: há mais de 8 meses, desde 11 de setembro de 2020, que não eram tão poucos os pacientes em estado grave com problemas associados à Covid-19 precisar de cuidados nos hospitais portugueses.
A notícia é boa, mas não permite entrar em euforias ou não tivesse sido acompanhada, no habitual boletim diário da Direção-Geral da Saúde, por outros números, bem menos promissores — e convém não esquecer que o indicador das hospitalizações, a par do das mortes, tem sido sempre o último a subir. Esta quinta-feira, o número de novos casos de infeção voltou a subir, agora para valores registados no final do passado mês de abril. Pela primeira vez em 19 dias, a média diária, calculada em função dos últimos sete dias, ultrapassou o patamar das quatro dezenas — 415,6, para um total de 559 novos testes positivos confirmados nas últimas 24 horas.
Com a subida dos casos positivos, veio também um ligeiro aumento do índice de transmissibilidade — o país passou de um R(t) de 1,02 na quarta-feira para 1,03 esta sexta —, e da incidência, que está agora nos 52,6 casos de infeção por cada 100 mil habitantes (era de 51,4 na quarta-feira). Contas feitas e traduzidas no já famoso quadro colorido da matriz de risco, Portugal segue a esverdeado mas está cada vez mais próximo do amarelo — e por conseguinte do vermelho, que poderá obrigar o país a voltar a fechar.
Depois de nos últimos 5 dias o número de óbitos associados à pandemia ter alternado entre o singular e o par, esta sexta-feira foram três as mortes registadas, o que eleva a média diária a partir dos sete dias anteriores para os 2,6.
Uma no Norte, outra na zona Centro e a última no Algarve — eis a distribuição nacional dos óbitos registados nas últimas 24 horas, um deles de uma pessoa acima dos 60 anos, os outros dois com mais de 70. Desde o início da pandemia, já morreram em Portugal 17.017 pessoas com Covid-19.
Mais de metade dos 559 novos casos de infeção desta sexta-feira foram registados na região de Lisboa e Vale do Tejo — 277. Na região Norte foram confirmados 166 testes positivos; no Centro 37; na Madeira 32; no Algarve 22; nos Açores 20 e no Alentejo 5.
Como o número de recuperados não suplantou esta sexta-feira o de novas infeções, o número de casos ativos também subiu: são mais 94, para um total de 22.287.
Foram 462 as pessoas que recuperaram nas últimas 24 horas da infeção pelo SARS-CoV-2. Desde o início da pandemia, foram 804.984 os doentes dados como curados, de entre um total de 844.288 casos confirmados.