O concelho de Matosinhos vai ter um Centro de Apoio à Integração de Migrantes, que irá funcionar no edifício da câmara, e que visa ser uma “porta de apoio para a população imigrante”, adiantou nesta terça-feira a autarquia.

O espaço “tem como missão ir além da informação, apoiando em todo o processo do acolhimento e integração dos migrantes, articulando com as diversas estruturas locais e promovendo a interculturalidade a nível local”, referiu esta câmara do distrito do Porto, em comunicado.

Neste centro, os migrantes terão acesso a apoio e informação geral em diversas áreas, tais como regularização, nacionalidade, reagrupamento familiar, habitação, retorno voluntário, trabalho, saúde e educação, ressalvou.

O protocolo de criação do CLAIM — Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes de Matosinhos, estabelecido entre a Câmara Municipal de Matosinhos e o Alto Comissariado para as Migrações–ACM, foi assinado na tarde desta terça-feira, nos Paços do Concelho.

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O centro vai funcionar no edifício da câmara, num gabinete na loja do munícipe, com recursos físicos e humanos assegurados pela autarquia, revelou.

Segundo os dados avançados pela câmara, Matosinhos tem 5.022 pessoas estrangeiras a residir no concelho (2.346 homens e 2.676 mulheres), o que representa cerca de 2,9% do total da população residente. E tem como principais países de origem Brasil (2.531), Itália (366), China (259), Espanha (235), França (181), Reino Unido (174), Ucrânia (133) e Angola (123), num total de 101 nacionalidades diferentes, sublinhou.

Na nota de imprensa, a autarquia assumiu estar a “trilhar” um caminho nesta área das migrações, tendo a funcionar um GAE — Gabinete de Apoio ao/à Emigrante resultante de um protocolo tutelado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, estabelecido a 26 março 2018.

“Matosinhos teve ainda em execução um PMIM — Plano Municipal para a Integração de Migrantes de Matosinhos, desde julho de 2018 a agosto de 2020, que foi um plano financiado pelo FAMI — Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração, através do Alto Comissariado para as Migrações”, acrescentou.