O economista e investigador Ricardo Paes Mamede foi o nome indicado pelas estruturas de direção do sindicatos SNPVAC (pessoal de voo da TAP) e do SITAVA (trabalhadores da aviação e aeroportos) para ser eleito representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da TAP.

De acordo com uma nota do SPNVAC divulgada esta quarta-feira, os vários sindicatos que representam trabalhadores da TAP não conseguiram a unanimidade na escolha do nome. “Porém, a pessoa escolhida reúne o consenso do SPNVAC, do SITAVA e outros sindicatos” que não identifica.

A possibilidade de os trabalhares escolherem um representante seu na administração da companhia surgiu a 20 de maio, no seguimento de uma proposta do ministro das Infraestrutura e Habitação, Pedro Nuno Santos, em reunião com sindicatos e Comissão de Trabalhadores da TAP.

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De acordo com o SPNVAC, “esta é uma oportunidade inédita na história da TAP”, pelo que “ter um representante no Conselho de Administração é uma possibilidade que importa firmar”. “Acreditamos que esta iniciativa pode representar uma nova fase no reconhecimento dos trabalhadores junto da administração”.

A votação decorrerá no dia 3 de junho. “É de vital importância que os tripulantes de cabine e restantes trabalhadores do grupo participem nesta eleição”, admite o sindicato.

O sindicato considera que Ricardo Paes Mamede – economista, doutorado em economia e Professor Associado de Economia Política no ISCTE – tem o perfil adequado, uma vez que “desde o início do processo de reestruturação que demonstrou publicamente uma posição de defesa da importância estratégica da TAP na economia nacional”, além de que “sempre assumiu a defesa das Empresas Públicas, assim como dos seus trabalhadores”.

Paes Mamede é também, desde 2017, membro do Conselho Económico e Social (CES).

“Para o SNPVAC, é fundamental que esse representante seja alguém de elevada reputação pública e que seja uma garantia da defesa dos interesses dos trabalhadores”, .

O representante dos trabalhadores no conselho de administração terá as funções de um administrador não-executivo.

Podem candidatar-se ao cargo membros da Comissão de Trabalhadores, de organizações representativas dos trabalhadores que tenham pelo menos 2% de associados do grupo, ou trabalhadores que consigam reunir 165 assinaturas de apoio.