A petrolífera francesa Total vota esta sexta-feira em assembleia-geral a mudança de nome para TotalEnergies, sinalizando a intenção de apostar na produção energética menos poluente e respondendo às pressões dos acionistas sobre as mudanças climáticas.

A assembleia-geral da Total, uma das cinco maiores no mundo e a que a mais investe em África, tem apenas um ponto na ordem de trabalhos, que é a mudança de nome, e que vai significar também uma evolução na identidade da empresa, que nasceu em 1924 com o nome de Companhia Francesa dos Petróleos.

“Com isto afirmamos o desejo de transformação da empresa numa companhia multienergética para enfrentar o duplo desafio da transição energética, que é produzir mais energia com menos emissões”, disse o presidente executivo da empresa, Patrick Pouyanné, em declarações citadas pelas agências noticiosas internacionais.

A empresa está sob pressão de alguns acionistas que defendem que os projetos de petróleo e gás deviam pura e simplesmente parar, o que, a acontecer, teria consequências graves em vários países, como Moçambique, que depende do investimento da Total no norte do país para garantir receitas para suportar o aumento do custo da dívida e para financiar a recuperação e o desenvolvimento da economia.

A mudança de nome da Total surge também poucas semanas depois de a Agência Internacional da Energia ter defendido a suspensão ou cancelamento de todos os projetos petrolíferos e de gás para tentar controlar as alterações climáticas, a começar pelo aquecimento global.

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