A empresa norte-americana de informática Microsoft deixou na quinta-feira um alerta de um novo vírus do grupo de piratas informáticos [hackers] russo Nobilium. Numa publicação no blog oficial da empresa, Tom Burt, vice-presidente da Microsoft para segurança e confiança do cliente, afirma que o software malicioso é “sofisticado” e tem como principais alvos agências governamentais. O vírus foi enviado a três mil endereços de email, atacando 150 organizações em 24 países.

Segundo a empresa, os hackers conseguiram comprometer dados da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional. Devido a esta falha de segurança, a plataforma de marketing desta entidade governamental enviou inúmeros emails que continham um ficheiro malicioso que instalava um programa no sistema para roubar dados.

A mensagem eletrónica em causa levou os utilizadores a carregarem na hiperligação com uma frase a alegar que se poderia aceder a documentos sobre uma fraude eleitoral contra o antigo Presidente dos EUA, Donald Trump.

Como conta o The Verge, a Constant Contact, que gere o serviço de marketing da Agência para Desenvolvimento Internacional dos EUA, afirma que “este foi um incidente isolado” e que as contas afetadas das quais seguiu o email malicioso foram “desativadas temporariamente” para poderem conter a situação.

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Na publicação, a Microsoft diz que muitos dos ataques foram bloqueados automaticamente devido ao software antívirus da empresa, o Windows Defender. A Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura do Departamento de Segurança Interna dos EUA validou a mensagem da Microsoft e incentiva os administradores de sistemas a aplicar os passos necessários para conter este ataque.

Microsoft diz que ciberataque contra os EUA envolveu pelo menos mil hackers

Esta não é a primeira vez que a Microsoft faz um alerta destes. Ainda em fevereiro, os responsáveis das grandes empresas tecnológicas dos Estados Unidos, incluindo a Microsoft, afirmaram que o ataque informático que afetou cerca de 100 empresas norte-americanas e nove agências federais, foi ainda maior e mais sofisticado do que o que se acreditava. Na altura, a empresa reiterou a necessidade de o país precaver-se para este tipo de ameaças.