Carlos Ramos, professor de cursos técnico-profissionais, é o candidato da CDU à Câmara de Ovar, um município, disse hoje à Lusa, que enfrenta problemas que vão da costa marítima à organização da resposta de saúde.

Militante do PCP desde 2004, Carlos Ramos tem 49 anos e foi candidato pela CDU em 2017 à Junta de Freguesia de Esmoriz e segundo candidato, no mesmo ano, à Assembleia Municipal de Ovar, tendo nas ausências de Miguel Jeri, então eleito, sido chamado a ocupar o lugar, explicou o candidato.

Como problemas do concelho liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro, o candidato apontou as áreas da Saúde, nomeadamente nos “centros de Saúde, que desde o início da pandemia, foram encerrados com a justificação de serem necessárias novas regras para a adaptação às condições pandémicas”.

“À conta disso, populações como as de São Vicente Pereira, Arada e Furadouro tiveram as suas extensões de saúde muito tempo fechadas e isso é uma questão que nos preocupa”, acrescentou.

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Para Carlos Ramos, o concelho de Ovar tem “um grave défice de mobilidade e de transportes” reclamando, por isso, uma intervenção contínua “até que o problema esteja resolvido”, acrescentando “o prejuízo para o concelho que foi a colocação de pórticos na A29, provocando que muito trânsito passasse para a Estrada Nacional 109, que atravessa localidades com acentuada densidade populacional”.

A proteção costeira é outra das preocupações da coligação, apontando “aquelas que têm ocupação populacional e que estão protegidas com pedras, consumindo, assim, verbas essenciais ao erário público” defendendo, para o efeito, “uma solução integrada ao longo da costa e não só em Ovar”.

O candidato da CDU à Assembleia Municipal será Miguel Jeri.

Além do cabeça-de-lista da CDU, em Ovar também já formalizaram candidatura Alcides Alves (PS) e Mário Rui Natária (CDS-PP).

A Câmara de Ovar é liderada pelo social-democrata Salvador Malheiro, com maioria absoluta, desde 2013. O executivo municipal conta com sete eleitos do PSD e dois do PS.

As eleições autárquicas deste ano não têm ainda data marcada, mas, de acordo com a lei, terão de decorrer entre setembro e outubro.

Em Portugal há 308 municípios (278 no continente, 19 nos Açores e 11 na Madeira), e 3.092 juntas de freguesia (2.882 no continente, 156 nos Açores e 54 na Madeira).