As autoridades moçambicanas apreenderam em Chimoio nove toneladas de granada e outras “pequenas quantidades” de quartzo rutilado e ágata, extraídos de forma ilegal e em via de contrabando, disse hoje à Lusa fonte oficial.

As pedras semipreciosas, que decorrem da mineração ilegal na coutada nove, uma área protegida para caça desportiva no distrito de Macossa, foram encontradas e estavam distribuídas em 185 sacos num armazém improvisado numa residência, num subúrbio de Chimoio, na província de Manica, centro de Moçambique.

“A operação da apreensão dos minerais ocorreu nos dias 26 e 27 de maio e resultou de uma denúncia”, explicou à Lusa Octávio Semba, inspetor do departamento dos Recursos Minerais e Energia de Manica.

Durante a operação, que envolveu os Serviços Nacionais de Investigação Criminal (Sernic), os inspetores dos recursos minerais descobriram que os minerais seriam contrabandeados e o Estado perderia cerca de 20 mil meticais (270 euros) em impostos.

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Esta é a segunda operação de apreensão de pedras semipreciosas que ocorre em Manica, tendo a primeira ocorrido em janeiro e envolvido seis toneladas do mesmo tipo de minério. O produto foi depois revertido a favor do Estado.

Na zona de Manica há ocorrência de ouro e pedras preciosas, tais como turmalinas de muitas variedades, incluindo as mais raras, de cor rosa e verde, que outrora atraíram milhares de estrangeiros para a região.

O saque e o contrabando de pedras, envolvendo garimpeiros continua a ser uma das preocupações das autoridades governamentais de Manica, que lutam para travar uma atividade intensa e enraizada em Manica, que atrai para a zona garimpeiros zimbabueanos e dos Grandes Lagos.