O presidente do Conselho de Segurança disse, na terça-feira, esperar que o órgão recomende em junho a reeleição de António Guterres como secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

O embaixador da Estónia, Sven Jürgenson, que dirige em junho o Conselho, acrescentou esperar que a decisão seja ratificada pela Assembleia Geral da ONU pouco depois, provavelmente dentro de uma semana.

O português António Guterres, que dirige a ONU desde 2017, aspira a um segundo mandato de cinco anos e, oficialmente, não tem oposição, pelo que a sua reeleição é um dado adquirido.

Jürgenson informou estar ainda por definir a data em que o Conselho de Segurança vai reunir para tomar a decisão, mas mostrou-se confiante de que esta possa acontecer por aclamação e sem necessidade de votação.

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O órgão máximo de decisão da ONU, que inclui cinco países com direito de veto (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido), deve recomendar o secretário-geral, que é então oficialmente nomeado pela Assembleia Geral, onde todos os 193 estados-membros têm assento.

Durante décadas, todos os secretários-gerais da ONU serviram dois mandatos, com exceção do egípcio Boutros Gali, cuja reeleição foi vetada em 1996 pelos Estados Unidos da América.

Tradicionalmente um processo muito opaco, a eleição do antigo primeiro-ministro português foi a primeira a ser feita com alguma transparência, com numerosos candidatos a apresentarem os seus programas e a submeterem-se em público a perguntas dos países.

Desta vez, várias pessoas apresentaram-se como candidatas ao cargo, mas nenhuma delas recebeu o aval formal de um estado-membro, requisito que a organização considera necessário, pelo que Guterres, apresentado por Portugal, é o único candidato oficial.

A confirmar-se a sua nomeação, o diplomata português começará o seu segundo mandato, de cinco anos, em 1 de janeiro de 2022.