Líderes de quarenta países e várias organizações e empresas comprometeram-se esta quarta-feira a contribuir mais quase 2,4 mil milhões de dólares para o mecanismo Covax distribuir vacinas da Covid-19 pelos países mais pobres.

O presidente da Aliança Global das Vacinas (Gavi), José Manuel Durão Barroso, considerou que os compromissos assumidos esta quarta-feira numa cimeira internacional coorganizada com o governo do Japão “lançam um caminho para o fim da pandemia”.

O Covax atingiu 9,6 mil milhões de euros em financiamento para compra de vacinas e 807 milhões para entregas, prevendo-se que permitirão proteger quase 30% da população adulta em 91 países de rendimentos mais baixos, com entregas previstas para este ano e para o início de 2022.

Os países participantes na cimeira desta quarta-feira comprometeram-se ainda a doar mais de 54 milhões de doses que têm em excesso, atingindo-se uma reserva total superior a 132 milhões de doses para o Covax. Entre este ano e 2022, o COVAX tem prevista a entrega de 1,8 mil milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.

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O governo do Japão, representado pelo primeiro-ministro Yoshihide Suga, aumentou de 200 milhões para mil milhões o seu contributo para o Covax.

No encerramento da cimeira, Durão Barroso assinalou os 300 milhões de euros adicionais prometidos pela Comissão Europeia e pelo Banco de Investimento Europeu, que permitirão ao COVAX “comprar rapidamente vacinas para os países da África sub-Saariana“.

Vários parceiros privados da Covax comprometeram-se com donativos de 300 milhões de euros.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, considerou que o Covax permite atingir “uma distribuição mais igualitária” da vacina contra a Covid-19, “uma das melhores armas para acabar com a pandemia”.