A 16.ª edição do Europeu de futebol vai realizar-se pela primeira vez em 11 cidades de 11 países e com adeptos a preencherem parte dos estádios, uma exigência imposta pela UEFA, apesar da pandemia da covid-19.

A ideia surgiu da ‘cabeça’ de Michel Platini, antigo presidente da UEFA, como forma de festejar os 60 anos de Europeus, num plano múltiplo e inédito, apelidado de “romântico” pelo próprio e declarado um dia antes da final do Euro2012, entre Espanha e Itália (4-0).

Até que fosse oficializada pelo Comité Executivo da UEFA, em dezembro desse ano, a ideia ganhou força e, por outro lado, sobreviveu as algumas críticas, muito por culpa de eventuais problemas logísticos e financeiros.

No último ano, a pandemia de covid-19 levou ao adiamento do torneio para 2021, chegando mesmo a ponderar-se a realização em apenas um país.

Amesterdão, Baku, Budapeste, Bucareste, Bilbau, Bruxelas, Londres, Munique, Glasgow, Roma, São Petersburgo, Copenhaga e Dublin foram as 13 cidades inicialmente selecionadas, sendo que a capital belga acabou por ‘cair’, em 2017, por culpa do atraso das obras de um novo estádio, com Londres a ser ‘premiada’ com mais encontros.

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Depois da exigência crucial da UEFA, de apenas aceitar cidades-sede que recebessem espetadores nos seus estádios, Dublin e Bilbau – o último substituído por Sevilha – deixaram de ser anfitriões, passando, então, a 11 palcos finais, equipados com a tecnologia do videoárbitro (VAR), uma estreia na 16.ª edição.

O Estádio Ferenc Puskás, em Budapeste, que vai acolher a estreia de Portugal no Grupo F, em 15 de junho, precisamente contra a anfitriã Hungria, e depois o encontro com a França, atual campeã do Mundo e vice-campeã, em 23, poderá ser o único dos 11 a aproveitar a lotação máxima (67.000 espetadores).

A seleção portuguesa, que defende o título conquistado em 2016, tem boas memórias da capital húngara, pois venceu os três embates oficiais disputados com a Hungria em Budapeste, nos apuramentos para o Euro2000 (3-1) e para os Mundiais de 2010 e 2018 (ambos por 1-0).

Confirmados com 50% da capacidade estão dois palcos, o Estádio Krestovsky (30.500 de 68.000), em São Petersburgo, na Rússia, que vai acolher as partidas que estavam agendadas para Dublin, e o Olímpico de Baku (31.000 de 69.000), no Azerbaijão.

A Arena Johan Cruyff, em Amesterdão, a Arena Nacional, em Bucareste, o Estádio Parken, em Copenhaga, o Hampden Park, em Glasgow, e o Olímpico de Roma, na capital italiana, onde a prova vai arrancar, em 11 de junho, permitiram um número de cadeiras ocupadas entre os 25 e os 45%.

O Estádio de Wembley, em Londres, o maior recinto do evento, tem confirmada uma ocupação mínima de 25%, correspondente a 22.500 adeptos.

O Estádio La Cartuja, em Sevilha, foi o último palco confirmado, em detrimento do Estádio San Mamés, em Bilbau, e tem previsto uma ocupação a rondar os 30% da lotação, ou seja, 18.000 lugares sentados.

A Arena de Munique, em Munique, onde a equipa das ‘quinas’ vai defrontar a Alemanha, três vezes campeã da Europa, no segundo encontro da ‘poule’ F, em 19 de junho, será o recinto da prova que deverá contar com menos espetadores nas bancadas, concretamente 14.500 de 75.000, correspondente a 22% da lotação.

Londres e São Petersburgo serão as cidades que vão receber mais desafios da competição, com a capital londrina a acolher três jogos da fase de grupos, dois dos oitavos de final, as meias-finais e a final, enquanto na Rússia são sete os desafios agendados: seis das ‘poules’ e um dos ‘quartos’.

Os restantes nove palcos vão receber quatro partidas cada, sendo que três são referentes aos grupos e outra aos ‘oitavos’ e ‘quartos’. As seleções que tenham cidades organizadoras irão jogar, pelo menos, duas vezes em casa.

A fase final do Euro2020 realiza-se de 11 de junho a 11 de julho, em 11 cidades de 11 países, depois ter sido adiada por um ano devido à pandemia de covid-19.

Portugal integra o Grupo F e vai defrontar a Hungria (15 de junho, em Budapeste), Alemanha (19, em Munique) e França (23, em Budapeste).

Quadro dos palcos dos Euro2020:

País Cidade Estádio Capacidade total Capacidade prevista
Hungria Budapeste Ferenc Puskás 68.000 67.000
Azerbaijão Baku Olímpico de Baku 69.000 31.000
Rússia São Petersburgo Krestovsky 68.000 30.500
Inglaterra Londres Wembley 90.000 22.500
Espanha Sevilha Estádio La Cartuja 60.000 18.000
Itália Roma Olímpico de Roma 73.000 16.000
Alemanha Munique Arena de Munique 75.000 14.500
Roménia Bucareste Arena Nacional 56.000 13.000
Países Baixos Amesterdão Arena Johan Cruyff 55.000 12.000
Escócia Glasgow Hampden Park 52.000 12.000
Dinamarca Copenhaga Parken 38.000 11.250