Já foi revelado o cartaz musical da edição deste ano do festival Tremor, que decorre em São Miguel, nos Açores, e que se realizará entre 7 e 11 de setembro. A organização anunciou esta segunda-feira a composição do alinhamento, que inclui 27 concertos e residências artísticas.

Entre os nomes anunciados para a edição deste ano incluem-se os históricos da música cabo-verdiana Ferro Gaita, a banda portuguesa de pop-rock Clã, a cantora Lena d’Água, o compositor, instrumentista e cantor dinamarquês Casper Clausen (vocalista dos Efterklang que se estreou este ano com um disco a solo, intitulado Better Way) e a banda nacional Sensible Soccers.

O programa de concertos é, como já tinha anunciado previamente a organização do festival em declarações ao Observador, maioritariamente nacional mas com alguns nomes internacionais. Dos nomes nacionais fazem ainda parte a harpista Angélica Salvi, a banda Conferência Inferno, o grupo Dirty Coal Train, o violinista Samuel Martins Coelho e a banda de rock Solar Corona. Juntam-se-lhes o dominicano (residente nos EUA) Kelman Duran, o grego Larry Gus, o duo francês Ko Shin Moon e os britânicos MadMadMad, Vanishing Twin e Warmduscher.

O festival Tremor propõe ainda para este ano bandas e projetos artísticos de músicos açorianos, como InSeCureFrank, Kazän, Luís Gil Bettencourt e Mário Raposo, uma colaboração entre a sempre presente Escola de Música de Rabo de Peixe e Jerry the Cat, um espectáculo colaborativo e “inédito” entre o projeto de intervenção musical ondamarela e a Associação de Surdos da Ilha de São Miguel e um espectáculo que juntará o som do encontro de três músicos do panorama nacional — os guitarristas Norberto Lobo e Filho da Mãe e o baterista Ricardo Martins — com uma componente de “intervenção visual”.

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Aos nomes anunciados esta segunda-feira, juntam-se outras propostas já anunciadas pela organização do Tremor para este ano: os sons do trilho Tremor Todo-o-Terreno (uma espécie de passeio num recanto da ilha com uma instalação musical criada propositadamente para acompanhar o percurso), este ano garantidos por Sofia Caetano, PMDS e Luís Senra e a exposição coletiva “Epicentro: Promessa”, uma “criação site-specific desenhada para a Ilha de São Miguel, com contributos do colectivo berru, das duplas Débora Silva e Slim Soledad, João Pais Filipe e Beatriz Brum (com co-produção da ArtWorks), de Gregory Le Lay e da Sonoscopia”.

A venda de bilhetes está suspensa, estando o festival pelo menos temporariamente esgotado, dadas as restrições de lotação atualmente em vigor. Sobre a exequibilidade desta edição em 2021, diz a organização: “Impossibilitado de acontecer nos mesmos moldes de anos anteriores, o Tremor 2021 vai organizar o seu calendário de concertos e apresentações de forma a garantir que todos os portadores de bilhetes possam aceder às sessões e atividades propostas, estando prevista a realização de mais do que uma sessão em alguns dos momentos programáticos. Serão ainda reforçados os concertos e as apresentações em espaços abertos, e alterado o esquema criado para o dia de encerramento que promovia a circulação por diferentes espaços de Ponta Delgada. Mantêm-se os formatos Tremor Todo-o-Terreno, assim como as surpresas do Tremor na Estufa“.

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