O Governo português condenou esta terça-feira os atentados que vitimaram pelo menos 160 pessoas na localidade de Solhan e 14 em Tadaryat, no Burquina Faso, reafirmando a “total solidariedade” para com o governo e as forças armadas deste país.

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português refere que estes ataques, ocorridos na sexta-feira e no sábado, “inserem-se num contexto de elevada instabilidade e violência no país e na região do Sahel, cujo impacto sobre a população civil é severo e que deve ser atenuado com a maior urgência”.

Portugal reafirma a sua total solidariedade para com o Governo e as forças armadas do Burkina Faso, que diariamente defrontam o flagelo do extremismo, e reitera o seu compromisso com os mecanismos de cooperação internacional empenhados na estabilização do Sahel”, prossegue o comunicado.

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estima que cerca de 3.300 pessoas foram forçadas a fugir do ataque à aldeia de Solhan. “Temendo pelas suas vidas, 3.300 pessoas fugiram para aldeias perto de Sebba e Sampelga, incluindo mais de 2.000 crianças e mais de 500 mulheres”, disse o porta-voz do ACNUR, numa conferência de imprensa da ONU em Genebra.

Solhan é uma pequena cidade a cerca de 15 quilómetros de Sebba, a capital da província de Yagha — próxima das fronteiras com o Mali e o Níger –, que nos últimos anos tem sido palco de numerosos ataques atribuídos a jihadistas ligados à Al-Qaida e ao Estado Islâmico. A espiral de violência jihadista no Burkina Faso fez mais de 1.400 mortos desde 2015 e deslocou mais de um milhão de pessoas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR