Há, neste momento, mais de 7.500 alunos em isolamento profilático, só nas escolas de duas regiões do país: Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e Centro. Em todo o país serão pelo menos 8.700, apurou o Público (edição impressa), que só não conseguiu aceder a qualquer informação sobre a região do Alentejo.

No total, são 6.407 os estudantes impedidos temporariamente de frequentar as aulas na região de LVT e 772 os profissionais também a cumprir quarentena, na sequência da confirmação de 351 casos de infeção pelo SARS-CoV-2 em alunos e de outros 20 em funcionários das escolas. De acordo com o Público, nesta região, atualmente a mais afetada pela Covid-19 em Portugal, há neste momento 172 surtos da doença ativos — 66 deles, o equivalente a 38,37%, em estabelecimentos de ensino.

Em entrevista à Renascença, esta segunda-feira, Duarte Cordeiro, o secretário de Estado que é também coordenador regional do combate à pandemia em LVT, já tinha assinalado o problema, avançado alguns números e assumido que o final do ano letivo, bem como as férias em família, podem estar comprometidos para alguns destes estudantes, mas preferiu manter a tónica na importância da testagem. “O mais importante é testar, porque estamos com a vacinação a um ritmo bom e a vacinação continuará a este ritmo ou superior, mas a testagem é fundamental”, apelou.

Já na região Centro, este domingo eram 1.053 os alunos, 66 os professores e 23 os auxiliares a cumprir quarentena, a maior parte no 3º ciclo e no secundário. Ao todo, havia 54 alunos e dois professores infetados na região — Coimbra, com 28 casos, e Aveiro, com 12, eram os concelhos mais afetados. No Algarve há 211 estudantes a cumprir quarentena; e só nos concelhos de Paredes de Coura e Braga, os únicos em que o jornal conseguiu apurar informação, havia esta segunda-feira 1.056 alunos e funcionários em casa — 197 no primeiro, graças à confirmação de 19 casos de infeção, e 859 no segundo, onde foram registados 50 casos, 46 em alunos, 4 em funcionários.

Questionada pelo Público sobre o número de surtos ativos em escolas e de alunos em isolamento, a Direção-Geral da Saúde não forneceu quaisquer dados: “A DGS não tem dados desagregados por turma (essa informação detalhada é do conhecimento dos delegados de saúde de nível local na respetiva jurisdição, a quem compete a avaliação de risco, a intervenção e implementação de medidas de saúde pública)”.

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