789kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Mancini também encontrou o seu Manel (a crónica do Itália-Suíça)

Este artigo tem mais de 2 anos

Seferovic foi titular, mal tocou na bola, saiu ao intervalo. Nem ele nem a Suíça tiveram hipóteses frente à Bella Itália, que ganhou um novo artista de topo para pintar esta era de renascimento (3-0).

Locatelli abriu o marcador numa jogada que começou e concluiu e bisou num remate de meia distância
i

Locatelli abriu o marcador numa jogada que começou e concluiu e bisou num remate de meia distância

UEFA via Getty Images

Locatelli abriu o marcador numa jogada que começou e concluiu e bisou num remate de meia distância

UEFA via Getty Images

No final do jogo com o País de Gales, em que esteve em vantagem e até mesmo depois de sofrer o empate podia ter ganho, Vladimir Petkovic não perdeu o sorriso. O selecionador da Suíça desde 2014 foi cumprimentar o seu homólogo Rob Page, saudou depois os seus jogadores, parecia quase satisfeito com algo que o podia satisfazer. Durante oito minutos, esse sorriso em Baku fazia sentido – era sinal de confiança. E os helvéticos faziam de facto sorrir, com uma entrada personalizada, segura, capaz de mostrar o que a Turquia não mostrara durante os 90 minutos da estreia. Mas foram apenas oito minutos, esses oito minutos. A partir daí, tudo se esfumou.

Sorri Vialli, sorri. Não faltam razões para isso (a crónica do Turquia-Itália)

A seguir, imperou a lei do mais forte de uma Itália que deu prolongamento à entrada promissora na competição. Não conseguiu tantas oportunidades como contra a Turquia, não teve tanta bola como contra a Turquia, foi ainda mais esmagador em termos coletivos até cerca de 25 minutos do final, quando começou a gerir a vantagem de dois golos e testou mesmo um sistema de três defesas. A Itália só sabe ganhar (não perde desde o 1-0 frente a Portugal na Liga das Nações em 2018), não sofre golos e conseguiu a segunda série de sempre na história com dez vitórias consecutivas sempre com a baliza a zero. Uma máquina que carbura e que dá gosto ver jogar.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Seferovic voltou a ser titular mas saiu ao intervalo, sem qualquer hipótese perante a defesa transalpina. E se um dia o seu treinador no Benfica, Jorge Jesus, disse que se não jogasse o Matic jogava “o Manel”, Mancini encontrou na seleção italiana o seu “Manel”: Locatelli. O médio do Sassuolo substituiu da melhor forma Marco Verratti na squadra azzurra e tornou-se um “pintor” em destaque na equipa que faz da qualidade futebolística uma arte e que dá passos cada vez mais seguros numa era de renascimento após ter falhado a presença no Mundial de 2018. Apontou os dois primeiros golos (26′ e 52′), Immobile fechou as contas (89′), muitos outros ficaram por marcar.

O jogo em três toques

Para recordar

De forma inevitável, Manuel Locatelli. Pelo que joga, pelo que arrisca, esta noite pelos golos também. Se não existissem lesões, e em condições normais, o médio formado no AC Milan que está desde 2018 no Sassuolo (e não será por muito mais tempo, percebe-se…) começaria no banco na sombra de Verratti mas os problemas físicos do jogador do PSG “empurraram” o número 5 para a titularidade para os holofotes da fama neste arranque do Europeu: não tem a cultura tática e a capacidade de recuperação de Jorginho, não tem a valia técnica de Barella mas tornou-se num ápice na peça que liga todos os setores transalpinos. Basta ver o que se passou no primeiro golo: começou a jogada ofensiva no meio-campo com uma grande abertura para a direita, acelerou a chegada à área seguindo o movimento de Berardi, apareceu sozinho na área a desequilibrar. Que comece o leilão…

Para esquecer

O empate inicial da Suíça frente ao País de Gales tinha colocado Seferovic no olho do furacão. Por um lado, o jogo de Embolo foi muito valorizado pelo que jogou, porque marcou e pelo que conseguiu criar de perigo; por outro, a exibição do avançado do Benfica foi criticada pela análise na ótica das oportunidades desperdiçadas na parte final da primeira parte, passando ao lado do mérito que o avançado teve entre centrais difíceis como os do País de Gales. A titularidade do número 14 esteve mesmo em causa mas Seferovic voltou a ser opção inicial de Petkovic. Não teve bola, não teve chances, não conseguiu sequer a posse para segurar e fazer com que a equipa pudesse subir no terreno. Saiu ao intervalo. Foi ele, poderia ter sido outro – a Itália foi esmagadora.

Para valorizar

Acabou no oitavo lugar na Serie A, foi eliminado numa fase inicial da Taça, tinha o melhor futebol em Itália a par da Atalanta (no sentido estático da palavra porque o mais consistente foi o do campeão Inter). A temporada do Sassuolo já tinha sido muito valorizada em Itália mas é no trabalho de Berardi e Locatelli na squadra azzurra que ganha outra dimensão. Roberto De Zerbi, treinador que já assinou pelo Shakhtar para suceder a Luís Castro no comando dos ucranianos, teve grande mérito no plantel que construiu, na ideia que consolidou e na forma como mudou o chip da equipa e foi esse crescimento no plano coletivo que permitiu também o salto de nomes como Locatelli, Berardi e Raspadori (além de Caputo, que ganhou no ano passado a primeira internacionalização aos 33 anos, e de Scamacca, a grande referência do conjunto Sub-21 que perdeu com Portugal no Europeu).

Os golos e o resumo do jogo, em vídeo

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora