O Ministério do Ambiente desvalorizou esta quarta-feira alertas de que os painéis fotovoltaicos prejudicam o ambiente e negou que o país vá ser “atapetado” de painéis solares.

“Estamos a falar de 18 mil hectares, é 0,2% do país. Não é forrar o país de painéis, isso não vai acontecer”, disse na Assembleia da República o secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, durante um debate setorial dedicado às políticas do Ministério do Ambiente e Ação Climática. O secretário de Estado salientou que o país precisa de aproveitar a riqueza que é a energia solar. “Cada dia que adiamos a instalação de projetos solares em Portugal é mais um dia que queimamos gás”, afirmou.

João Galamba negou também que todos os projetos de produção de energia fotovoltaica sejam aprovados, explicando, como o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, fez também, que os projetos a partir de uma determinada dimensão terão de ser sujeitos a uma avaliação de impacto ambiental. Os painéis fotovoltaicos, disse ainda o secretário de Estado, não provocam aquecimento dos locais onde são instalados e “se forem bem desenhados é possível compatibilizar projetos em larga escala com a defesa da biodiversidade e da natureza”.

A construção de todas as estruturas relacionadas com a energia solar será feita “com todo o cuidado ambiental”, garantiu também João Pedro Matos Fernandes. Numa tarde inteiramente dedicado às políticas ambientais a segunda parte do debate no plenário centrou-se muito na discussão sobre energias renováveis, com a equipa governamental a garantir que os parques solares irão baixar o preço da energia em Portugal.

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