O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, reuniu-se esta quarta-feira por videoconferência com o homólogo da Albânia, Gramoz Ruçi, cuja adesão à União Europeia (UE) considerou “estratégica” para o país e “prioritária” para os interesses europeus.

“Portugal dá a maior importância à realização da perspetiva europeia dos Balcãs Ocidentais”, afirmou Ferro Rodrigues, frisando que a região “tem um papel especial na Europa e para a Europa”, segundo nota à imprensa. O presidente do Parlamento de Portugal, que realizou este encontro no âmbito da dimensão parlamentar da presidência portuguesa do Conselho da UE, considerou neste contexto que a adesão da Albânia é um desígnio “estratégico e transformador”, apoiado por todas as forças políticas albanesas.

Apontou, contudo, que embora o país esteja “no bom caminho” para esse fim, “tem desafios pela frente”. “É importante a estabilidade institucional e política. As reformas precisam de ser efetivas e ter resultados visíveis na vida dos cidadãos”, afirmou Ferro Rodrigues . O alargamento do bloco europeu aos países dos Balcãs Ocidentais é um processo em curso há vários, que teve a adesão da Croácia, em 2013, como primeiro marco.

Montenegro, Sérvia, Macedónia do Norte e Albânia conseguiram o estatuto de países candidatos à UE, mas enquanto a Sérvia e o Montenegro já iniciaram negociações intergovernamentais, as conversações com a Macedónia do Norte e a Albânia estão bloqueadas devido a um diferendo com a Bulgária. O presidente da comissão de Assuntos Europeus, Luís Capoulas Santos, também presente na reunião, saudou os “significativos progressos” alcançados pela Albânia.

“O projeto europeu não estará completo enquanto a situação dos Balcãs Ocidentais não for resolvida”, afirmou, reforçando ser a Albânia “um parceiro e um aliado de extrema importância para Portugal, sobretudo à luz da perspetiva inclusiva da política externa [portuguesa], quer na frente governamental, quer no plano parlamentar”.

O presidente do Kuvendi (parlamento) da República da Albânia, por seu lado, “transmitiu a sua gratidão e a do Parlamento albanês pelo apoio inequívoco de Portugal ao processo de adesão, bem como o empenho na prossecução das reformas necessárias, muitas delas em fase muito avançada, como seja no domínio da justiça”, lê-se na mesma nota. Gramoz Ruçi asseverou ainda que a Albânia e as suas instituições vão empenhar-se “em provar serem merecedores da confiança que Portugal nelas depositou”.

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