Saiu Rebic, entrou Bruno Petkovic. Saiu Brekalo, entrou Ivanusec. Mais do que isso, Perisic foi para a esquerda. Primeira bola na profundidade, primeira diagonal, golo. E que golo. Voltou a Croácia mas pouco tempo.

Os vice-campeões mundiais tinham começado o Europeu com uma derrota frente à Inglaterra e entravam com uma margem reduzida no encontro frente à Rep. Checa. No final, o cenário ficou ainda mais apertado. Mesmo dando tudo, os croatas não conseguiram ser superiores ao adversário, em mais um jogo muito longe daquilo que ia fazendo na Rússia, onde foi à final do Campeonato do Mundo. Por um lado, e apesar de manter uma defesa experiente, está menos segura do que em 2018; por outro, e naquela que é a grande diferença, tornou-se muito menos mortífera no ataque. Modric, Kovacic e Perisic foram os melhores mas ainda assim não chegou.

Kolinda Grabar-Kitarovic, antiga presidente que se tornou numa grande figura entre o sucesso croata, não está no cargo desde 2020 mas não será por isso que a equipa Zlatko Dalic joga menos. Qual é a diferença? A Croácia perdeu o “efeito”. Aquela química coletiva que consegue colocar os principais valores a jogar mais, aquela fator invisível que vale uma ação crucial no momento chave, aqueles nomes como Srna, Corluka, Strinic, Rakitic ou Mandzukic. “Já não temos o mesmo nível de talentos que tínhamos há um ou dois anos, esta é a nossa realidade atual”, admitiu o selecionador. E esse é um problema para Luka Modric, médio que ganhou há três anos a Bola de Ouro e que agora, aos 35 anos, vê uma última oportunidade de ir longe com a Geração de Ouro II do país.

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