As opiniões vindas a público por parte de alemães, sobre Cristiano Ronaldo, estão neste momento divididas em termos de tom. De um lado, os elogios de Toni Kroos, craque alemão que jogou com o português em Madrid. Do outro, a não tão simpática opinião do ex-internacional alemão Dietmar Hamann.

Vencedor de uma Liga dos Campeões e duas Taças UEFA (antigo nome da Liga Europa), Hamann foi senhor de uma carreira consistente, com destaque para os anos passados no Bayern e no Liverpool. E se enquanto jogador teve uma forte presença nos meios-campos por onde passou, não deixou ficar essa assertividade dentro das quatro linhas, tendo agora criticado Ronaldo de forma veemente, devido a um lance de génio do português.

Já a equipa das quinas ganhava 1-0 à Alemanha (no fatídico 2-4 do passado sábado), quando Ronaldo passa a bola por cima de Rudiger e de seguida enceta um passe para um colega desviando o olhar. Foi um grande momento de futebol mas, para Hamann, foi uma tolice que pode ter despertado os jogadores da equipa alemã.

Acho que foi uma tolice. Ele pica a bola, pretende que vai apanhá-la, depois toca de calcanhar e desvia o olhar. Claro que é fantástico e sabemos que ele consegue fazer isso. Penso que de certa forma está a menosprezar o adversário. Sim, ele é o melhor juntamente com Messi, mas agora parece um tolo, porque está um 1-0. Ele parece um tolo. Digo-vos, o lance deu algo extra [aos jogadores alemães] para mudarem as coisas. Se calhar foi onde a reviravolta começou”, declarou Hamann à RTE.

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“Os meus maiores êxitos foram com ele e graças a ele”

Num espírito completamente oposto está Toni Kroos, com quem Ronaldo jogou algumas épocas no Real Madrid, ganhando vários títulos. Os dois jogadores ficaram à conversa depois do Alemanha-Portugal, especulando-se muito sobre o teor da conversa. Agora, no podcast com o seu irmão, Kroos contou tudo.

“Joguei com o Ronaldo durante quatro épocas e não estou a exagerar quando digo que os meus maiores êxitos foram com ele e graças a ele. Éramos vizinhos no balneário durante esse período e fiquei contente por vê-lo. Não nos víamos há muito tempo e [no Real Madrid] não jogámos contra a Juventus. Falámos sobre o jogo e também acerca dos que se avizinham. Desejei-lhe a melhor sorte, espero que se qualifiquem, tal como nós, e perguntei-lhe como ele estava em Itália, visto que já passaram três anos”, contou o médio alemão, exímio passador e pedra importante nos destinos da Mannschaft.