O primeiro-ministro sueco, o social-democrata Stefan Lofven, foi derrubado esta segunda-feira por um voto de desconfiança no parlamento, situação inédita na história política da Suécia, e tem uma semana para se demitir ou convocar novas eleições.

Resultado da reviravolta na semana passada do Partido da Esquerda, que até agora apoiava pontualmente o executivo, a censura ao chefe do governo contou com uma maioria absoluta de 181 deputados (em 349), enquanto 109 votaram contra a moção e 51 abstiveram-se. Para derrubar o governo, os votos do ex-partido comunista juntaram-se aos da extrema-direita dos Democratas da Suécia, assim como aos da direita do partido conservador dos Moderados e dos Democratas-Cristãos.

Depois de 11 votos de desconfiança malsucedidos na história política sueca, Stefan Lofven, que até agora se destacou pela sua capacidade de sobreviver a crises políticas desde que chegou ao poder em 2014, tornou-se o primeiro chefe de governo a ser derrubado dessa forma na Suécia.

Lofven tem agora uma semana para anunciar eleições antecipadas em pleno período estival ou demitir-se definitivamente. De acordo com a Constituição sueca, em caso de eleições antecipadas, estas não alteram a data do escrutínio previsto para setembro de 2022, o que levará a duas legislativas em pouco mais de um ano.

Em caso de demissão, o primeiro-ministro cessante deixa ao presidente do Parlamento a tarefa de abrir negociações com um partido para encontrar um novo chefe de governo, que poderá ser novamente Stefan Lofven com base num novo acordo político, sublinham analistas.

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