A alegada decisão de Carlos, em garantir que Archie nunca terá o título de “príncipe”, nem mesmo quando o avô ascender ao trono, era já tema de discussão nos bastidores e assunto do qual os Sussex estavam a par. A notícia impactante que, por sua vez, deixou o casal incomodado ao ponto de, em menos de 24 horas, concordar com a entrevista a Opah Winfrey foi outra: Harry terá ficado “zangado” assim que soube que ia perder os títulos militares.

A 19 de fevereiro era notícia que, na sequência do Megxit, as insígnias militares do duque de Sussex — The Royal Marines (fuzileiros), RAF Honington (força aérea) e Royal Navy Small Ships and Diving (marinha) — voltariam a pertencer à rainha, à semelhança dos papéis de representação do Queen’s Commonwealth Trust e da Association of Commonwealth Universities.

“Houve uma explosão pouco antes da [entrevista com] Oprah, mas não teve que ver com o título de Archie. Isso já era conhecido e discutido há muito tempo. Harry e Meghan estavam muito zangados antes de Oprah porque o acordo final do Megxit tinha acabado de ser assinado, o que incluía Harry não manter títulos militares”, revelou uma fonte ao britânico The Sun. Harry serviu o exército britânico por duas vezes no Afeganistão e tinha esperança de manter os respetivos títulos. “Foi isso que o deixou tão zangado. Harry é muito emocional e os títulos militares eram muito importantes, uma vez que ele serviu.”

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Agora, acredita-se que Harry terá concordado com a entrevista da apresentadora norte-americana horas após ter conhecimento de que não manteria os patrocínios e os títulos. À data da decisão, o casal emitiu o seguinte comunicado: “Como tem sido evidente no trabalho do último ano, o duque e a duquesa de Sussex continuam comprometidos com o dever e com o serviço ao Reino Unido e ofereceram apoio contínuo às organizações que têm apoiado, independente dos seus títulos oficiais. Todos podemos viver uma vida de serviço. Servir é universal”.

A polémica entrevista — cujas repercussões das afirmações dos Sussex ainda se fazem sentir — foi emitida a 7 de março e gravada apenas horas antes de Filipe, duque de Edimburgo, ser admitido no hospital. Nela, Meghan acusou um membro da família real de comentários racistas sobre o pequeno Archie e admitiu ter tido pensamentos suicidas. A ideia de que a família real não apoiou o casal foi depois repetida no programa sobre saúde mental que conta com o envolvimento de Harry e também de Oprah: no primeiro episódio, o príncipe falou de um pai frio, incapaz de o ajudar após a morte de Diana, e voltou a acusar a família real de “abandono total”.

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Esta segunda intervenção de Harry terá agudizado ainda mais as hostilidades entre os Sussex e a restante família, sobretudo numa altura em que Harry é esperado em solo britânico a 1 de julho, a propósito da revelação da estátua da princesa Diana, no dia em que esta faria 60 anos. Sabe-se ainda que, a propósito desta visita, Harry exigiu o direito de aprovar pelo menos um jornalista entre o grupo habitual de correspondentes reais aquando da revelação da estátua, o que revela a forte desconfiança do príncipe nos media britânicos. Quase certo é que Meghan, que foi mãe de uma menina no passado dia 4 de junho, não marcará presença neste evento.

Também ao The Sun, fontes do palácio asseguram que ainda não existe uma decisão sobre se Archie terá ou não o título de príncipe, um assunto que apenas será definitivamente debatido após a morte da rainha.