A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Banco Europeu de Investimento (BEI) assinam esta terça-feira um contrato que implica a concessão de 113 milhões de euros em garantias ao banco público pela organização, para apoiar empresas expostas à pandemia.

Em comunicado, a CGD detalha que o instrumento, que será assinado no Porto, pretende “apoiar as necessidades de liquidez e investimento das empresas portuguesas afetadas pela crise económica provocada pela pandemia”.

Para isso, “o BEI fornecerá uma garantia de 112,5 milhões de euros, que permitirá à CGD conceder um total de 150 milhões de euros de fundo de maneio, locações financeiras e empréstimos de investimento com o objetivo de facilitar o financiamento de até 367,5 milhões de euros em apoios para médias e grandes empresas, bem como para o setor público e outras entidades, nomeadamente no setor da saúde”, adianta a CGD.

O banco público disse ainda que “esta é a primeira operação do BEI em Portugal apoiada pelo Fundo Europeu de Garantia, aprovada pelo Conselho Europeu no âmbito do pacote de 540 mil milhões de euros de medidas da União Europeia em resposta ao impacto económico causado pela Covid-19”.

O acordo pretende “aumentar a capacidade de financiamento por parte da CGD a empresas elegíveis, proporcionando um alívio de capital e garantias”, sendo que “a garantia do Fundo de Garantia Europeu oferecerá proteção contra risco de crédito de até 75%”, disse o banco público. A CGD recordou que o Fundo Europeu de Garantia (FEG) foi criado pelo Grupo BEI com contribuições de Portugal e de outros Estados-Membros da UE para proteger as empresas afetadas pela crise da Covid-19.

“Utilizando quase 25 mil milhões de euros em garantias, o FEG permite que o BEI e o FEI [Fundo Europeu de Investimento] concedam rapidamente empréstimos, garantias, títulos garantidos por ativos, capital próprio e outros instrumentos financeiros, disponíveis principalmente para pequenas e médias empresas”, lembra o banco. “O FEG faz parte do pacote de recuperação da União Europeia que visa proporcionar um reforço total de 540 mil milhões de euros às partes da economia da UE que foram mais atingidas”, conclui a CGD.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR