O centro de vacinação contra a Covid-19 do pavilhão 3 da Cidade Universitária, em Lisboa, vai reabrir esta quarta-feira a partir das 9h00 para vacinar pessoas acima dos 50 anos de idade sem agendamento, anunciou esta terça-feira a task force.

Numa nota enviada à Lusa, a equipa liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo adiantou que o centro terá ao seu serviço “28 militares dos três ramos das Forças Armadas e terá capacidade para administrar cerca de 1.200 doses diárias“.

Por agora, este espaço será apenas dedicado à vacinação da modalidade casa aberta, “ficando disponível para a vacinação de primeiras doses de utentes com idade igual ou superior a 50 anos” inscritos nos agrupamentos de centros de saúde de Lisboa Norte e que não tenham sido infetados nos últimos seis meses.

Segundo a task force, este centro de vacinação vai funcionar sete dias por semana, entre as 9h30 e as 17h30 e os utentes que desejem informar-se em tempo real sobre a disponibilidade deste espaço podem consultar o portal sala aberta.

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Mais de 4,3 milhões de pessoas em Portugal já receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, o equivalente a 42% da população, e quase 2,6 milhões (25%) têm a vacinação completa, segundo dados avançados na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Task force antecipa vacinação de idosos em lares

Os idosos e funcionários dos lares que estiveram infetados há mais de três meses vão ser vacinados contra a Covid-19, antecipando para metade o prazo previsto para receberem a vacina, anunciou a task force.

Fonte da “task force” que coordena a logística da vacinação adiantou que a Segurança Social identificou cerca de 8.600 pessoas por vacinar nos lares de idosos, entre utentes e funcionários destas estruturas. Deste universo de 8.600 pessoas, cerca de 4.500 estiveram infetadas, tendo recuperado da doença Covid-19, “não tendo por essa razão sido vacinadas”, enquanto 2.500 já se encontram vacinadas com pelo menos uma dose, referiu a mesma fonte.

“Em virtude do risco acrescido da maioria deste universo, face à sua idade avançada, a task force e a Direção-Geral de Saúde (DGS) avaliaram ser prudente abrir-se uma exceção ao previsto na norma 002/2021 e proceder à vacinação de todos os funcionários e utentes que foram infetados há mais de 3 meses (e não 6 meses)”, adiantou a estrutura liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo.

DGS confirma existência de seis surtos ativos em lares. Antecipada vacinação de utentes e funcionários que estiveram infetados

A norma da DGS indica que as pessoas que recuperaram de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 há pelo menos seis meses podem ser vacinadas, mas receberão apenas uma dose de vacina, tendo em conta que, por já terem tido a doença, têm uma imunidade natural considerada boa.

O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Lino Maia, disse esta terça-feira que não se devia esperar seis meses para vacinar pessoas recuperadas da covid-19, defendendo que esse período deveria ser reduzido para três meses.

Eu não sou perito na área, mas gostaria que não estivéssemos à espera dos seis meses [para vacinar recuperados]. Gostaria que fosse à volta dos três meses porque seria uma medida preventiva que daria algum conforto”, considerou Lino Maia à Lusa.

O presidente da CNIS disse recear uma nova vaga de surtos nos lares portugueses “porque o estar vacinado não quer dizer que se esteja absolutamente imunizado, e também porque ainda há pessoas por vacinar, entre utentes e trabalhadores, pelo que há alguma fragilidade”.

Em relação aos trabalhadores não vacinados nos lares, Lino Maia considerou “que são poucos”, mas que “as instituições devem, se possível, colocá-los em atividades que não impliquem interação com utentes”. “Mesmo no que toca a contratações, devem admitir-se aqueles que estão vacinados” em detrimento dos que não estão, defendeu.