O número de novos casos volta a bater o do dia anterior e só recuando até 20 de fevereiro se encontra um número de novos casos diário tão elevado como o desta quinta-feira. Foram 1.570 a 20 de fevereiro e são agora 1.556, mas há alterações significativas na distribuição desses novos casos, nomeadamente no que diz respeito à preponderância da região de Lisboa e Vale do Tejo nesse número.
Se agora a região é responsável por mais de 67% dos novos casos e tem um número seis vezes superior ao da segunda região com mais casos (Norte), em fevereiro Lisboa e Vale do Tejo não passava dos 49% e a região Norte (a segunda com mais casos) tinha cerca de 24% dos novos casos (agora tem metade, 12,6%).
Noutro ponto de vista, a situação nas unidades hospitalares é agora muito mais controlada do que os registos de fevereiro (depois do pico de janeiro) mostram. Se neste momento há 427 camas ocupadas com doentes Covid-19, em fevereiro eram 3.284, quase oito vezes mais. Ainda que não na mesma proporção dos internamentos, nos cuidados intensivos também se verifica uma clara diferença face ao que acontecia há quatro meses. Se em fevereiro havia 656 pessoas em cuidados intensivos agora são seis vezes menos, isto é 106.
O mesmo se pode analisar sobre o número de casos ativos e de contactos sob vigilância das autoridades de saúde. O boletim desta quinta-feira reporta 29.697 casos ativos (83.526 a 20 de fevereiro) e 44.670 sob vigilância (92.314 a 20 de fevereiro).
Mas olhando para a situação que o país vivia há um mês é notável o aumento e agravamento da situação pandémica. A 24 de maio eram confirmadas 241 novas infeções (45% em Lisboa e Vale do Tejo) e nos hospitais estavam cerca de metade das pessoas que atualmente. Dos 239 doentes internados, 57 estavam em cuidados intensivos. Agora, são 427 camas ocupadas e 106 em unidades de cuidados intensivos.
Cuidados intensivos acima de 100 pelo terceiro dia, internamentos descem
Com os cuidados intensivos com mais de 100 camas ocupadas por doentes Covid-19 há três dias, o relatório desta quinta-feira indica que estão internadas menos 10 pessoas que ontem.
Há agora 427 camas ocupadas nos hospitais portugueses com doentes Covid-19 sendo que, dessas, 106 dizem respeito a cuidados intensivos.
Nas 24 horas a que respeita o boletim foram considerados recuperados da Covid-19 869 pessoas, um número ainda assim insuficiente para fazer descer o número de casos ativos. Há 29.697 pessoas com diagnóstico positivo para a Covid-19, mais 685 que no boletim anterior.
Lisboa e Vale do Tejo com mais de mil novos casos. Seis vezes mais casos que na região Norte (a segunda em número de novos casos)
Dos 1.556 novos casos confirmados pelas autoridades de saúde, 1.049 são da região de Lisboa e Vale do Tejo, o que contrasta com as restantes regiões do país, todas abaixo dos 200 novos casos.
Lisboa e Vale do Tejo tem cerca de seis vezes mais casos que a região seguinte com mais casos, o Norte onde se contabilizaram 197 novos casos.
O Algarve surge em terceiro lugar no número de novos casos com mais 130 casos confirmados, seguido do Centro (com 110) e do Alentejo com 42. Nas regiões autónomas, os Açores contabilizaram mais 20 novos casos e a Madeira mais oito.
Ao longo do dia desta quarta-feira foram confirmadas duas mortes em Portugal de pessoas infetadas com a Covid-19. De acordo com os dados da DGS, as mortes ocorreram nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Norte sendo que um dos mortos, um homem, tinha entre 60 e 69 anos e o outro, uma mulher, entre 70 e 79 anos.