Segunda lugar em Itália, primeiro na Catalunha, segundo na Alemanha. De uma vez por todas Miguel Oliveira entrou na lista dos potenciais candidatos a todos os pódios do MotoGP – ou, pela lógica da realização televisiva, na lista de principais adversários de Fabio Quartararo, este ano um claro favorito ao título mundial que em 2020 foi ganho de forma surpreendente por Joan Mir. O Grande Prémio dos Países Baixos era mais um teste a esse novo “estatuto” mas nem mesmo o segundo melhor registo do primeiro dia de treinos livres deixou o português totalmente convencido, sobretudo no seguimento do 14.º tempo feito na primeira sessão de sexta-feira.

“Foi um bom primeiro dia, não o melhor devido à má sessão de manhã. À tarde, senti imediatamente que seria mais competitivo. Foi pena não conseguir perceber até onde poderíamos ir devido à chuva. Agora o objetivo passa por ser rápido na terceira sessão de treinos livres para entrar diretamente na Q2. Esperávamos ganhar mais agilidade nas curvas rápidas. As alterações que fizemos foi para isso. Temos de melhorar isso mais um pouco. No molhado também foi bom, construí uma boa referência. Se chover amanhã [sábado], já temos uma boa base”, comentou o piloto português da KTM, no lançamento de mais um dia de qualificação.

Parte desse objetivo foi conseguido na terceira sessão de treinos livres, com um apuramento direto para a Q2 mas com o oitavo melhor registo, antes de ser terceiro na quarta e última sessão de treinos livres apenas atrás das Yamaha de Fabio Quartararo e Maverick Viñales. No entanto, até pelas indicações que tinham sido deixadas, seria complicado alcançar aquilo que ainda não atingiu no presente ano: a primeira linha da grelha de partida.

Num trajeto em crescendo nas qualificações como nas corridas, Miguel Oliveira começou com um 15.º lugar no Qatar e uma 12.ª posição em Doha, foi depois o décimo na qualificação para o Grande Prémio do Algarve (onde fez em 2020 a única pole no MotoGP), não foi além do 16.º posto em Espanha, voltou a ser décimo em França, partiu de sétimo em Itália, conseguiu o quarto melhor registo na Catalunha e igualou a marca na Alemanha. Agora, depois de ter começado com o sétimo lugar na primeira saída para a pista mas a quase um segundo de Quarataro, o português acabou na sexta posição, após estar no terceiro posto antes de ser superado na última volta lançada por Pecco Bagnaia, Nakagami e Johann Zarco. Viñales conseguiu superar Quartararo na frente, sendo que as Yamaha voltaram a mostrar que são as grandes candidatas à vitória na corrida.

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