As manchetes ficam para a imprensa belga e portuguesa, mas um pouco por toda a Europa são várias as referências à eliminação da “seleção campeã” pelos “diabos vermelhos” no Euro 2020.

Na Bélgica, o portal HLN enaltece a “batalha titânica” entre a “Geração de Ouro” da seleção belga e os “guerrilheiros portugueses”, que “pôs tudo e todos à beira do colapso nervoso”. E salienta o golo “sem igual” de Hazard, que levou à passagem da equipa aos quartos de final.

Ainda na imprensa belga, o Le Soir apelida como “brilhante” o remate de Hazard. E o La Libre conclui que a “grande lição é que os diabos sabem aprender com os erros”. Ainda assim, na capa que chegou esta segunda-feira às bancas, não deixa de referir que os belgas “sofreram” frente à seleção portuguesa. Já o francês L’Equipe diz que a seleção belga ganhou, mas “sem brilhar”.

A próxima equipa a defrontar os “diabos vermelhos” é Itália, que também prestou atenção ao jogo. Na capa, o Corriere della Sera destaca o abraço entre Ronaldo e Lukaku, e coloca a ênfase naquele jogador — é com ele que Itália joga os quartos. Porém, algumas das palavras mais duras vêm do La Gazzetta dello Sport e são sobre Ronaldo: o craque “fecha da pior maneira uma época para esquecer”.

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Já na imprensa espanhola, e também na capa, o El País destaca que a Bélgica “deixa de fora Portugal” e passa aos quartos de final. O espanhol Marca também enaltece: “Campeã eliminada pela Bélgica”, uma frase acompanhada por uma fotografia de Ronaldo com as mãos a tapar a cara. O jornal escreve que “Rui Patrício não é mau guarda-redes”, mas “podia ter feito mais para evitar o golo de Thorgan Hazard”, aos 42 minutos. O problema, identifica o desportivo, é que os jogadores deram tanta atenção a Lukaku, De Bruyne e Eden que levaram “demasiado tempo para disparar”. Foi um “pecado mortal”.

O Daily Mail também não deixou passar em branco a derrota de Portugal. O diário inglês frisa que Hazard tira “Cristiano Ronaldo e companhia” do Euro 2020, num jogo em que o talento do belga “provou a diferença entre as duas equipas, certamente na primeira parte”. Hazard foi “o melhor jogador da Bélgica e a maior ameaça em 45 minutos pragmáticos”. Já Cristiano Ronaldo “vai ter de esperar pelo recorde de Ali Daei”. “Ele está em forma e ainda é perigoso, mas esta seleção de Portugal não é igual à da Bélgica.”

O norte-americano The Athletic não esquece Pepe, que “perdeu a calma (outra vez)”. O site desportivo nota que Ronaldo não contava “com uma seleção belga teimosa e resiliente, que defendeu solidamente e proporcionou o momento mais marcante do jogo em termos de qualidade técnica”. O craque português, considera o jornal, “falhou em ficar nos holofotes”, embora o palco estivesse “montado” para ele.