O presidente do PS já convocou a Comissão Nacional do partido para decidir sobre o adiamento do congresso socialista para 28 e 29 de agosto, “devido à situação pandémica”. O congresso do PS estava marcado para 10 e 11 de julho e decorreria em simultâneo em vários distritos do país, mas a situação na região de Lisboa — onde ia concentrar-se um grande número de delegados e dirigentes — fez o partido repensar a organização dos trabalhos.

Numa nota enviada à comunicação social, o PS faz saber que a reunião que vai decidir este adiamento realiza-se em formato digital este sábado, dia 3 de julho, de manhã e justifica a decisão com a “evolução da pandemia e a necessidade de acautelar a saúde de todos”. O PS diz ter a responsabilidade, nesta altura, “de evitar iniciativas que envolvam riscos para as pessoas”. Esta mudança de planos já tinha sido noticiada pelo Observador no passado fim de semana: aqui e aqui. Chegou a estar previsto que pudesse ser transferido para o meio de setembro, mas o calendário das autárquicas e do Orçamento do Estado acabaram por condicionar esta remarcação, pelo que a reunião magna socialista ainda decorrerá no mês de férias por excelência.

Esta é já a segunda vez que o congresso do PS é adiado por causa da pandemia, tendo estado inicialmente previsto para o final de maio do ano passado e, depois, para esta altura, quando se esperava que a pandemia já pudesse estar controlada. No entanto, a situação epidemiológica em Lisboa evoluiu de forma negativa, pelo que a direção do partido volta a mudar estes planos a uma semana do congresso.

Entretanto já decorreram as eleições diretas, para a eleição do secretário-geral que elegerá os órgãos nacionais do partido neste congresso e levará também a votos a sua moção de estratégia para os próximos dois anos. António Costa foi reeleito com 94% dos votos, tendo concorrido apenas contra o socialistas Daniel Adrião.

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