Jan Vertonghen, jogador do Benfica e capitão da Bélgica, que recentemente eliminou Portugal do Euro 2020, é um dos novos investidores da Epilog, uma empresa sediada em Gent e Nova Iorque.

Desconhece-se o valor investido pelo jogador belga mas sabe-se que a Epilog angariou um milhão de euros, que servirão para colocar a inteligência artificial no tratamento de problemas relacionados com o sono e outras doenças neurológicas, como a epilepsia. Esta última, doença para a qual Vertonghen acabou por perder o pai, como explica um comunicado da empresa.

A Epilog pretende tratar a condição com a qual o defesa das águias viveu muito de perto enquanto criança, com a análise de ondas cerebrais através de eletroencefalogramas (EEG). Além de EEG, a empresa criou software que permite ler, por exemplo, ressonâncias magnéticas, para melhor análise de áreas do cérebro que tenham problemas.

O CEO da Epilog é Gregor Strobbe, alguém que Vertonghen conhece há já vários anos, como referiu em declarações citadas pelo jornal belga De Tijd: “Conheço o Gregor do secundário e acredito firmemente na história de crescimento da Epilog. É uma empresa fantástica que me é muito próxima”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Sem revelar montantes, Strobbe afirmou que se trata de “um momento muito importante na história de crescimento da empresa”.

No ano passado, em entrevista ao Het Nieuwsblad, o capitão dos Diabos Vermelhos afirmou que era muito jovem quando o pai teve o primeiro ataque epilético. “Tinha seis anos quando o meu pai teve o primeiro ataque. Estava a jogar futebol com o meu irmão no jardim. Não sabíamos o que estava a acontecer”, explicou.

Ria Mattheeuws, mãe do atleta, já havia falado também sobre a situação e contou que os filhos não tinham visto muitos ataques de epilepsia do pai, “porque estavam na escola”. No entanto, admite que isso “afetou” e muito as crianças. Paul Vertonghen acabou por morrer em 2007, e o filho Jan, que criou a sua própria fundação há três anos, muitas vezes não sabia que o pai não estava bem, principalmente “quando havia um jogo importante”, referiu a mãe.