A greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) suprimiu, até às 18h00 desta sexta-feira, 216 dos 997 comboios previstos pela CP — Comboios de Portugal, adiantou fonte oficial da transportadora à Lusa.

“Até às 18 horas estavam programados 997 comboios, realizaram-se 781”, tendo sido suprimidos 216, dos quais “153 de serviço regional, 39 de longo curso e 24 comboios urbanos do Porto”, de acordo com informação adiantada pela CP à Lusa ao final da tarde desta sexta-feira.

Os trabalhadores da IP cumprem esta sexta-feira mais um dia de greve, reivindicando melhores condições laborais, nomeadamente, o aumento dos salários, depois de já terem parado em 2 e 28 de junho. Num aviso enviado aos clientes, a CP — Comboios de Portugal informou que esta paralisação, que termina às 24h00, poderá ter impactos ainda no sábado.

“Os trabalhadores da IP e das suas participadas não aceitam a discriminação praticada pelo Governo e aceite pela empresa que decide pelo aumento de salário para 308 dos seus 3.784 trabalhadores“, defendeu, em comunicado, a plataforma sindical.

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As reivindicações em causa prendem-se com o aumento de salários para todos os trabalhadores, o cumprimento integral do clausulado do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a negociação coletiva como “fator de resolução e prevenção de conflitos“, a atualização do valor do subsídio de refeição e a integração do abono de irregularidade de horário no conceito de retribuição.

Por outro lado, reclamam a atribuição de concessões de viagem na CP — Comboios de Portugal a todos os trabalhadores da IP e suas participadas, a aplicação integral do ACT em vigor na IP aos trabalhadores do quadro de pessoal transitório, a abrangência das deslocações e horas de viagem a todos os trabalhadores e o ajuste do subsídio de refeição nas ajudas de custo.

Os trabalhadores protestam também “contra a falta de produtos de limpeza e higiene e por melhores condições de higiene e segurança nas instalações sociais e nos locais de trabalho”.