Os antílopes da espécie saiga, nativos do Cazaquistão, foram considerados em perigo de extinção, integrando a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, mas podem estar a recuperar.

Na década de 1950 havia dois milhões de animais dessa espécie, número que desceu drasticamente no ano de 2000 para 50 mil, consequência da agricultura, que resulta na destruição do seu habitat, e da caça ilegal. Já em 2015 houve um decréscimo significativo da sua população de saigas causado por um surto da bactéria pasteurella multocida, que levou à morte de cerca 200 mil animais.

No entanto, o números destes animais começou a crescer recentemente, passando de 334 mil para 842 mil nos dois últimos anos. Este aumento significativo está relacionado com as medidas de conservação aplicadas, como a proibição governamental de caça furtiva e trabalhos de conservação locais e internacionais.

A Sociedade Zoológica de Frankfurt explica que os antílopes saiga “dão à luz gémeos todos os anos, o que confere um alto potencial para a recuperação da espécie”.

Apesar das expectativas positivas, o habitat natural desta espécie continua ameaçado pelo homem e nada garante que não possa vir a existir outra epizootia (surto que ataca diversos animais ao mesmo tempo, numa região), tal como já aconteceu em 2015.

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