Já houve pelo menos 32.718 casos de passageiros que entraram em Portugal de avião sem realizarem primeiro o teste à Covid-19. Isto deu, até agora, origem a 510 processos de contraordenação, que foram aplicados, no total, a 39 companhias aéreas.

As contas são feitas esta terça-feira pelo Jornal de Notícias, com informação recolhida junto da Autoridade Nacional da Aviação Civil, e fazem o balanço das viagens aéreas feitas entre o início da pandemia, em março de 2020, e 22 de junho deste ano. Neste período, foram quase 33 mil as pessoas que viajaram sem fazer até 72 horas antes do voo o teste obrigatório para viajar para Portugal (o teste de antigénio, que é feito até 48 horas, só começou a ser aceite a meio do mês de junho).

Pelas contas do mesmo jornal, se no ano passado houve 28.680 casos destes, que deram origem a 257 processos, a frequência com que o incumprimento vale uma contraordenação está a aumentar: em seis meses, em 2021, 6.068 casos já resultaram em 234 processos. A coima pode ir dos 500 aos 2000 euros por passageiro, mas em alguns destes casos ainda não haverá condenação.

Estes números são precisamente um dos motivos que tem levado os sindicatos a reivindicarem uma vacinação prioritária para a tripulação, assim como testagem mais frequente ao pessoal das cabines.

Neste momento, qualquer passageiro, seja cidadão nacional ou estrangeiro, à chegada a Portugal tem de apresentar um comprovativo de teste com resultado negativo (nas últimas 72 horas se for PCR e nas últimas 48 se for antigénio), exceto crianças; apresentar o certificado digital da União Europeia, que vale se tiver teste, esquema vacinal completo ou certificado de recuperação da covid-19; e cumprir um isolamento de 14 dias no caso de vir de países com uma taxa de incidência igual ou superior a 500 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Neste momento, os países nessa lista são África do Sul, Brasil, Índia, Nepal e Reino Unido.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR