Foi com cerca de 80 jornalistas na sala que José Mourinho foi apresentado na manhã desta quinta-feira, na Praça do Capitólio, como o novo treinador da Roma, sucedendo ao português Paulo Fonseca.

A expetativa é muito alta em torno dos adeptos romanos, que vêm de um sétimo lugar na Série A e contam com o special one para trazer de novo sucesso ao clube da Cidade Eterna.

E ainda antes de qualquer jogo, Mourinho já se sente em “dívida” para com os adeptos da Roma, depois de uma receção que adjetiva de “sensacional”. “Tenho de lhes agradecer”, acrescentou.

Sobre esta nova aventura, o português diz que o “projeto é claro”. “Sei o que quero para o clube e o que me pediram. O projeto é claro. É uma herança pesada, porque o clube tem um passado fantástico. Queremos construir um bom futuro. Os donos querem uma situação sustentável no futuro e eu quero ajuda nisso, com grande paixão. Agora é tempo de trabalhar. O nome da Roma é muito forte e confunde-se com a cidade. Sinto esse peso. Não estamos aqui de férias ou turismo, mas sim para trabalhar”, garantiu.

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Onze anos depois de ter deixado Itália com uma Liga dos Campeões ganha ao serviço do Inter, o treinador diz que é hoje “melhor pessoa e melhor treinador”. “Se os anos não nos fizerem melhores pessoas e melhores profissionais, algo está errado. Mas o ADN não muda, sou basicamente o mesmo”, explicou.

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Questionado sobre a pressão que vai sentir em Roma, não só pelos adeptos mas pela forte cobertura da imprensa, Mourinho revelou um pormenor curioso: “Já mudei de telemóvel três vezes. É incrível para alguém que já trabalhou em Itália, gosta de futebol e que pensa em nele 24 horas por dia. Vocês fazem o vosso trabalho e nós o nosso. Não sou simpático a trabalhar e pode não ser um prazer para vocês [jornalistas] trabalhar comigo. Eu defendo o meu clube e respeito o vosso trabalho”. Mourinho tem um histórico de relações atribulados com a imprensa em todos os países por onde passou, surgindo agora a curiosidade de ver como lida com os meios de comunicação romanos.

Afirmando que este é o desafio mais importante, porque “o próximo desafio é sempre o mais importante”, José Mourinho quer levar novamente o campeonato italiano para a ribalta do futebol mundial. “Se este campeonato não é visto no estrangeiro como o o principal, cabe-nos mudar isso. Trabalho para a Roma, mas se pudermos fazer algo mais, temos de o fazer”, frisou.