O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, exonerou esta quinta-feira António Sampaio da Nóvoa do cargo de embaixador de Portugal na Organização para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) por limite de idade.

Segundo decreto publicado esta quinta-feira, no Diário da República, o Presidente exonera, sob proposta do Governo, Sampaio da Nóvoa do cargo de representante permanente junto da UNESCO, em razão do limite de idade.

Como embaixador de Portugal na UNESCO, Sampaio da Nóvoa esteve envolvido na proclamação do dia 05 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa. Foi também durante o seu mandato que o Palácio de Mafra e do Bom Jesus de Braga foram classificados como Património Cultural Mundial da UNESCO, e que o Carnaval de Podence foi incluído na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade.

A nomeação de Sampaio da Nóvoa para chefiar a missão permanente de Portugal junto da UNESCO foi aprovada pelo Governo em fevereiro de 2018, tendo sido então contestada pela Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses, que manifestaram “completa surpresa e estranheza” perante esta escolha.

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Na altura, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, sublinhou que a escolha de Sampaio da Nóvoa se deveu, entre outras razões, ao facto de o ex-reitor da Universidade de Lisboa ser uma “autoridade internacionalmente reconhecida” na educação.

O ministro explicou então que a nomeação de Sampaio da Nóvoa para embaixador da UNESCO dava continuidade “à tradição portuguesa” de apenas em casos muitos raros designar para o cargo de embaixadores personalidades que não são diplomatas.

Pela UNESCO passaram “embaixadores ditos políticos” como Maria de Lurdes Pintassilgo, José Augusto Seabra, Manuel Maria Carrilho, recordou então Santos Silva. Sampaio da Nóvoa ficou em segundo lugar nas presidenciais de 2016, que elegeram Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente da República.

Marcelo elogia “excelente trabalho” de Sampaio da Nóvoa na UNESCO

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou esta quinta-feira o “excelente trabalho” de António Sampaio da Nóvoa como embaixador de Portugal na UNESCO, destacando o seu “papel central” na proclamação do Dia Mundial da Língua Portuguesa.

Por limite de idade, Sampaio da Nóvoa foi exonerado do cargo de representante permanente de Portugal junto da UNESCO, agência para a educação, ciência e cultura das Nações Unidas, pelo Presidente da República, sob proposta do Governo, lê-se num decreto publicado quinta-feira, no Diário da República.

Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa “saúda o professor doutor António Sampaio da Nóvoa”, que foi seu adversário nas eleições presidenciais de 2016, no momento em que este cessa funções como embaixador na UNESCO. O chefe de Estado refere que Sampaio da Nóvoa deixa este cargo “em razão do limite de idade” e enaltece “o excelente trabalho que realizou junto da UNESCO”.

Segundo o Presidente da República, o antigo reitor da Universidade de Lisboa deu um “inestimável contributo para o debate científico e para o desenvolvimento da educação, da ciência e da cultura em Portugal e no mundo”.

Marcelo Rebelo de Sousa “salienta ainda o seu papel central na proclamação pela UNESCO do 05 de maio como Dia Mundial da Língua Portuguesa”, acrescentando que essa decisão constituiu um reconhecimento do português “como património da humanidade”.

A nomeação de Sampaio da Nóvoa para chefiar a missão permanente de Portugal junto da UNESCO foi aprovada em fevereiro de 2018, pelo anterior Governo liderado por António Costa, tendo sido então contestada pela Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses, que manifestaram “completa surpresa e estranheza” perante esta escolha.

Na altura, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse que a escolha de Sampaio da Nóvoa se deveu, entre outras razões, ao facto de o antigo reitor da Universidade de Lisboa ser uma “autoridade internacionalmente reconhecida” na educação.

O ministro defendeu que a nomeação de Sampaio da Nóvoa para embaixador da UNESCO dava continuidade à “tradição portuguesa” de apenas em casos muitos raros designar para o cargo de embaixadores personalidades que não são diplomatas.

Pela UNESCO passaram “embaixadores ditos políticos” como Maria de Lurdes Pintassilgo, José Augusto Seabra, Manuel Maria Carrilho, recordou então Augusto Santos Silva.