A falta de semicondutores, ou chips, tem afectado e muito os construtores de automóveis. Estas pequenas peças, ínfimas de dimensões e peso, são determinantes para o funcionamento de uma série de dispositivos e quanto mais sofisticados são os modelos, mais necessários se tornam. Para lidar com a escassez destes componentes, os construtores vêem-se obrigados a reduzir a produção ou abrir mão de alguns sistemas, como quando a Peugeot optou por trocar os painéis de instrumentos digitais por analógicos no 308, para não cortar nas unidades fabricadas.

De acordo com a Automotive News, a Renault antecipou uma quebra na produção na ordem das 100.000 unidades em 2021 devido à falta de chips, com a consultora AlixPartners a prever que a crise dos semicondutores irá retirar as marcas em cerca de 110 mil milhões de dólares, devido à redução das vendas.

Há analistas que defendem que o pico da crise terá lugar no segundo trimestre de 2021, ideia que também é defendida pelo CEO da BMW. Porém, Luca de Meo vai mais longe e acredita que o problema está para ficar, não esperando uma evolução positiva até finais de 2022.

Este é um tema que o CEO do grupo Renault não afirma apenas em entrevistas, tendo-o defendido igualmente numa audiência no parlamento francês. De Meo afirmou que a crise dos chips é já um problema estrutural – daí que a marca francesa tenha começado a tratar de produzir os semi-condutores de que necessita – e tenderá a piorar à medida que a pressão aumente.

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