A presidente da câmara parisiense, Anne Hidalgo, apoiada pelo vice-presidente pelos Verdes, David Belliard, responsável dos transportes na capital, determinou que, a partir de 30 de Agosto, Paris vai circular a um máximo de 30 km/h. O novo limite de velocidade, mais adaptado à bicicleta do que ao automóvel, será imposto em toda a cidade, à excepção do Peripherique, a circular de Paris, e de meia dúzia de grandes avenidas.

Apesar do choque gerado pela notícia, a realidade é que cerca de 60% das ruas da capital francesa já estavam limitadas a 60 km/h e muitas delas passaram mesmo a faixa única e outras a vias pedonais. Para Belliard, o objectivo é “reduzir o espaço ocupado pelos automóveis, o que inclui reduzir a velocidade a que se deslocam”.

Além de atacar a velocidade, a dupla Hidalgo/Belliard decidiu igualmente reduzir os espaços para estacionamento, pretendo cortar 60.000 dos 140.000 lugares à superfície. E para que os veículos de duas rodas não se sintam numa posição de vantagem, a câmara também tem reservadas algumas surpresas para as scooters e motos que rodam pela cidade, tradicionalmente a velocidades acima da média e a circular entre as filas de veículos e a estacionar em qualquer lado, beneficiando de estacionamento gratuito. A partir do próximo ano, o parqueamento à borla desaparece.

Em 2022 vão aparecer as “zonas de trânsito reduzido” no centro da cidade, onde os veículos são banidos. São quatro os bairros afectados por esta decisão, anunciada em Maio, o que inclui as duas ilhas no Sena.

Resta saber como será circular numa cidade com dois milhões de habitantes, com outros 10 milhões a habitar na “grande” Paris, a uma velocidade de 30 km/h, sobretudo se lhe juntarmos mais uns 40 milhões de turistas anuais.

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