O líder do PSD, Rui Rio, acusou na quarta-feira o Governo de não cumprir com a sua palavra e deu como exemplo a promessa feita quando aumentou a taxa do Imposto sobre Produtos Petrolíferos.

“Temos um Governo que quando aumentou os impostos sobre os combustíveis, em 2016, garantiu-nos que apenas o fazia enquanto o petróleo estivesse baixo” e que “mal o petróleo aumentasse automaticamente os baixaria para o patamar em que os encontrou”, afirmou.

Rio, que discursava na apresentação dos candidatos autárquicos do PSD no distrito de Beja, na cidade alentejana, questionou os presentes sobre se o Governo cumpriu essa promessa para, logo de seguida, dar a resposta.

Não fizeram rigorosamente nada e, agora, eu digo outra coisa: estão muito admirados que não tenha cumprido a palavra? Eu acho que não estão, nem os portugueses estão. Encolhemos os ombros”, referiu.

Considerando “normal” que o Governo falte à palavra, o presidente do PSD frisou que os membros do Executivo podem dizer “o que lhes apetecer, porque não vai acontecer nada logo de antemão”.

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Em 2016, ainda admite que as pessoas pudessem ter acreditado, mas hoje já temos mais do que experiência de que não vale a pena acreditar”, acrescentou.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, anunciou, numa audição no parlamento, que a área que tutela irá propor “ainda hoje, um decreto-lei que permite ao Governo atuar sobre as margens de comercialização dos combustíveis, de forma a que o mercado de combustíveis reflita os seus verdadeiros custos”.

Governo limita margens das gasolineiras. Petrolíferas dizem que só mexer nos impostos baixa preços

Segundo o governante, o objetivo é que, sempre que se verifique uma descida dos preços da matéria-prima, “a mesma seja sentida e apropriada pelos consumidores ao invés de apropriada pelas margens de comercialização, evitando, ainda, subidas bruscas e, potencialmente, injustificadas”.