O ministro dos Assuntos Exteriores das Guiné Equatorial disse hoje que o país não tem “uma obsessão” com a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mas mostrou-se confiante de que isso irá acontecer no futuro.

“Algum dia vamos assumir a presidência da CPLP”, afirmou Simeón Oyono Esono Angue, em declarações à Lusa à margem do Conselho de Ministros da organização, que decorre em Luanda.

“Não temos obsessão de presidir” à CPLP, justificou, comentando a possibilidade de Malabo suceder a Angola, que assume a presidência rotativa da organização a partir de sábado.

A Guiné Equatorial aderiu em 2014 à CPLP, um processo polémico porque o regime de Malabo, liderado desde 1979 por Teodoro Obiang, que é acusado de sucessivas violações dos direitos humanos, assumiu o compromisso de acabar com a pena de morte, o que ainda não aconteceu, e promover o ensino do português, entretanto tornado língua oficial no país.

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Quanto ao ensino do português, outro dos compromissos da Guiné Equatorial, Simeón Oyono Esono afirmou que “é um processo mais lento”, mas que “está a ser feito”.

“Estamos muitos contentes por pertencermos [à CPLP], o português é uma língua que nos une a outros países em África e por isso é importante para nós”, explicou.

A reunião de hoje do Conselho de Ministros antecede a XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, que se realiza no sábado, também em Luanda.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.