A União Europeia (UE) vai disponibilizar 6,7 milhões de euros para o Programa Alimentar Mundial (PAM) reforçar a assistência as populações afetadas pelo conflito armado em Cabo Delgado, anunciou esta sexta-feira a agência humanitária.

“A situação humanitária no norte de Moçambique levou as pessoas ao limite. Aqueles que conseguem sobreviver aos ataques são forçados a deixar tudo para trás, incluindo os seus meios de sustento. Doadores como a União Europeia são essenciais para ajudar as comunidades mais vulneráveis“, disse Antonella D’Aprile, representante do PAM em Moçambique, em comunicado.

A contribuição da UE vai garantir assistência alimentar para 360 mil pessoas deslocadas, que vão beneficiar de uma “porção alimentar composta de arroz, grãos e óleo, cobrindo 80% das suas necessidades de quilocalorias diárias“, através de senhas com um valor de 3.600 meticais (47 euros) para a aquisição de alimentos nos mercados locais.

“As senhas de valor proporcionam alívio imediato para famílias em dificuldade, ao mesmo tempo que impactam positivamente a economia local e aumentam a resiliência económica“, acrescenta-se no comunicado do PAM, que avança ainda que os fundos serão usados para apoiar outros projetos de nutrição para menores no norte de Moçambique.

Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico. Há mais de 2.800 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 732.000 deslocados, de acordo com as Nações Unidas.

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