Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa discordaram recentemente sobre a gestão da pandemia e — mesmo que o primeiro-ministro tenha reduzido esse esfriar da relação a um “romance” criado pelos jornalistas — é certo que a relação São Bento-Belém já teve melhores dias. Após uma divergência pública de opinião sobre um evnetual regresso do estado de emergência, o chefe de Estado chegou a dizer: “Por definição, o Presidente nunca é desautorizado pelo primeiro-ministro”. Mas a maioria dos portugueses desvaloriza este arrufo e, de acordo com uma sondagem publicada pelo Diário de Notícias, mais de metade (52%) consideram a relação entre Costa e Marcelo como boa e muito boa. E apenas 8% a classificam como má ou muito má.

De acordo com a mesma sondagem são os mais velhos (73%) e os eleitores do Partido Socialista (72%) que fazem uma avaliação mais positiva da relação entre Costa e Marcelo. Entre os poucos (apenas 8%) que consideram que o Presidente da República e primeiro-ministro têm um conflito insanável destacam-se os eleitores do Chega (representam quase um terço — 31% — dessa minoria).

A maior parte dos portugueses concorda com Marcelo quanto à necessidade de alterar a matriz de risco (48%). Mesmo entre os eleitores socialistas — os menos defensores desta alteração — há 35% que concordam que seja alterada a matriz e 35% que discordam. A mesma sondagem diz ainda que a maioria dos portugueses (53%) aplaudem o facto de António Costa ter ficado em isolamento profilático após um contacto de risco, mesmo estando vacinado.

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