A Irlanda começa esta segunda-feira a aceitar o certificado digital Covid-19 da União Europeia (UE) para viagens internacionais e elimina também a quarentena para quem vem de alguns outros países apresentando teste negativo ou que tenha vacinação completa.

O governo de Dublin havia proibido os deslocamentos “não essenciais” desde a imposição de um novo confinamento em 6 de janeiro, com multas de até dois mil euros para infratores, uma medida que provocou um colapso no tráfego nos principais portos e aeroportos do país.

A partir desta segunda-feira, os cidadãos dos países da UE, bem como da Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça, que tenham tido a Covid-19 ou apresentem um teste PCR negativo também não precisam realizar uma quarentena de 14 dias.

Da mesma forma, os passageiros procedentes de destinos como Reino Unido e Estados Unidos evitarão a quarentena se estiverem totalmente imunizados com a vacina contra a Covid-19 ou se tiverem contraído e superado a doença.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As autoridades do aeroporto de Dublin preveem que cerca de 151 mil passageiros transitarão pelas suas instalações esta semana, embora esse número ainda seja 80% inferior ao registado no mesmo período de 2019.

A Autoridade de Aviação Irlandesa (IAA, em inglês) destacou esta segunda-feira que a reabertura das viagens internacionais marca um “ponto de viragem” na recuperação socioeconómica do país, embora tenha sublinhado que deve “ser realizada de forma segura, permanente e sustentável”.

Após a reabertura das viagens internacionais, o governo irlandês, uma coligação de centristas, democratas-cristãos e verdes, planeia apresentar nova lei nos próximos dias para permitir que bares e restaurantes atendam em ambientes fechados pessoas vacinadas contra a Covid-19, possivelmente a partir de no final deste mês.

O primeiro-ministro, Micheál Martin, indicou que a reabertura das atividades em locais fechados, suspensa para milhares de pequenos pubs e cafetarias desde o primeiro confinamento em março de 2020, será “escalonada” e em linha com a posição dos conselheiros da área científica.

Os cientistas alertaram que a variante delta do novo coronavírus, mais contagiosa, já é a dominante no país, embora confiem que o governo poderá continuar com a desaceleração das restrições graças ao bom andamento da campanha de vacinação.

O Serviço Nacional de Saúde (HSE, na sigla em inglês) informou que quase 64% da população adulta recebeu as duas doses da vacina, enquanto 77% recebeu pelo menos uma dose, colocando a Irlanda entre os países da UE com a melhor taxa de imunização.

A pandemia de Covid-19 provocou mais de quatro milhões de mortes em todo o mundo, entre cerca de 190 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo a agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.