O secretário-geral do PCP considerou “inaceitável o atraso” na implementação do subsídio de risco para os profissionais das forças de segurança, sustentando que as propostas de valores apresentadas deveriam “envergonhar quem as propõe”.

Num declaração divulgada esta segunda-feira, Jerónimo de Sousa recordou que “no último Orçamento do Estado, por proposta do PCP, ficou aprovado o direito ao subsídio de risco” para os profissionais das forças de segurança, assim como as etapas que o Governo deveria dar para o atribuir.

“É inaceitável o atraso no cumprimento desta medida do Orçamento do Estado que tanto penaliza quem exerce a profissão e que nada contribui para a sua indispensável motivação”, acrescentou o secretário-geral comunista.

O membro do Comité Central rejeitou o modelo apresentado pelo executivo socialista, “procurando separar profissionais e apresentando propostas de valores que deveriam envergonhar quem as propõe”.

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O dirigente comunista reforçou que “é tempo de acabar com injustiça e dar a resposta digna que se exige e que merecem os homens e mulheres das forças de segurança”.

“É justíssima a reivindicação dos profissionais das forças de segurança para que lhes seja atribuído um subsídio ou suplemento que compense a perigosidade e o risco da sua missão”, completou Jerónimo de Sousa.

A plataforma constituída por 13 sindicatos da PSP e associações socioprofissionais da GNR realizou na último quinta-feira concentrações junto ao local do Conselho de Ministros e ao edifício do Ministério da Administração Interna (MAI) para exigir um subsídio de risco no valor de 430,39 euros.

O MAI apresentou às estruturas da PSP e da GNR um novo suplemento por serviço de risco nas forças de segurança, que substituirá o atual suplemento por serviço nas forças de segurança, e contempla a majoração do valor consoante as funções desempenhadas pelos polícias.

De acordo com o MAI, a proposta para a componente fixa do suplemento por serviço nas forças de Segurança (atualmente de 31 euros) prevê 100 euros por mês para os elementos em funções de ronda e patrulha, 90 euros para quem têm funções de comando e 80 euros para os restantes operacionais da PSP e GNR, significando, na prática, um aumento de 68, 59 e 48 respetivamente.

Entretanto, o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna já garantiu a disponibilidade do Governo para atribuir aos polícias um subsídio de risco com valor de “alguma dignidade”, mas num quadro “realista”.