A capacidade de internamento para pacientes com Covid-19 nos hospitais da província de Maputo, Moçambique, esgotou e as autoridades têm recorrido às unidades da cidade para responder à procura, disse hoje à Lusa fonte oficial.

“A província de Maputo ultrapassou a capacidade instalada, tendo 42 camas ocupadas quando previamente estavam alocadas 40 camas”, disse Benigna Matsinhe, diretora adjunta de Saúde Pública.

Segundo a fonte, as unidades de saúde daquela província estão a recorrer aos hospitais da cidade de Maputo, a capital, para o internamento de doentes em estado grave.

“Neste momento, a cidade de Maputo tem 334 camas ocupadas (57%), do total de 583 existentes”, declarou Benigna Matsinhe.

Só nos primeiros 19 dias deste mês, período do arranque da terceira vaga da pandemia em Moçambique, o país registou 24.381 novos casos, 1.132 novos internamentos e 260 óbitos, contra 9.628 casos novos, 419 internamentos hospitalares e 87 óbitos registados no início da segunda vaga.

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“Chamamos atenção que precisamos de uma ação coletiva forte para travar a atual velocidade da pandemia no nosso país. Apesar dos números já serem maus, podemos presenciar uma situação grave no próximo mês de agosto”, acrescentou.

Desde o anúncio do primeiro caso, em março do último ano, Moçambique conta com um total de 1.138 óbitos devido a covid-19 e 100.785 infeções, 76% das quais recuperadas, segundo as últimas atualizações.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.093.263 mortos em todo o mundo, entre mais de 190,3 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.