Os chefes de Estado de Cabo Verde e de Moçambique confirmaram presença no evento de reabertura do Museu da Língua Portuguesa, no Brasil, em 31 de julho, disse à Lusa o Governador do estado brasileiro de São Paulo, João Doria.

O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, já havia confirmado presença na reinauguração do museu, fechado desde o final de 2015 quando foi atingido por um grande incêndio.

Marcelo visita o Brasil entre 29 de julho de 3 de agosto para a reabertura do Museu da Língua Portuguesa

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Ao ser questionado sobre a presença dos Presidentes de Moçambique, Filipe Nyusi, e de Cabo Verde, Jorge Fonseca, no Brasil, o governador de São Paulo respondeu que ambos devem participar da cerimónia de reabertura. “Confirmo, ambos estarão presentes (…) São chefes de Estados e sabemos que até o penúltimo momento pode haver algum facto que dificulte a vida deles, mas ambos confirmaram presença”, afirmou Doria.

“Gostaria de mencionar também que o ex-presidente [brasileiro] Fernando Henrique Cardoso, assim como os ex-presidentes José Sarney e Michel Temer também estarão presentes”, acrescentou o governador.

Ao comentar a vinda dos chefes de Estado africanos na reinauguração de um espaço cultural no Brasil, Doria frisou que o Museu da Língua Portuguesa “celebra a variedade e a unidade dos países que têm a língua portuguesa como a língua pátria, a língua mãe.”

“Isto nos une, nos aproxima e, a meu ver, também estimula uma relação diplomática mais fértil e mais intensa não só na cultura, mas também na economia e nos valores de vida entre estes países de língua portuguesa”, concluiu.

Instalado na histórica Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa foi reconstruído após incêndio em dezembro de 2015.

Um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma no mundo, ele promove um mergulho na história e na diversidade do idioma através de experiências interativas, conteúdo audiovisual e ambientes imersivos.

Na sua renovada exposição de longa duração, que ocupa o segundo e terceiro andares do edifício, o Museu da Língua Portuguesa vai apresentar experiências inéditas, como “Falares”, que traz os diferentes sotaques e expressões do Brasil; e “Nós da Língua Portuguesa”, que aborda a diversidade cultural da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

E serão mantidas as principais experiências que marcaram os quase 10 anos de funcionamento do Museu (2006 a 2015) – como a “Praça da Língua”, espécie de “planetário do idioma”, que homenageia a língua portuguesa escrita, falada e cantada em um espetáculo de som e luz.

A reconstrução do Museu tem como patrocinador principal a EDP Brasil, como patrocinadores Globo, Itaú Unibanco e Sabesp e apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O IDBrasil Cultura, Educação e Esporte é a organização social responsável pela gestão do Museu.