O PSD cresce um ponto percentual face ao último mês, para 23,4% (a maior subida neste barómetro), mas continua longe do PS que, apesar das dificuldades das últimas semanas, regista 34,8% das intenções de voto (é também uma subida face ao mês anterior). Os dados dizem respeito a uma sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios e para o Correio da Manhã/Correio da Manhã TV. O PS continua a liderar e está a 11,4 pontos percentuais dos sociais-democratas.

Bloco de Esquerda e Chega surgem empatados enquanto a terceira maior força polícia, reunindo 9% das intenções de voto. A Iniciativa Liberal, por sua vez, regista a maior queda neste estudo de opinião, ao cair de 5.º para 7.º lugar — isto é, de 6,4% em junho para 3,1% em julho. Já a CDU goza da segunda maior subida, ou seja, +0,7 pontos e estaciona no 5.º lugar. O PAN fixa-se nos 4,5%. O CDS desce de 3,1% para 2,8% em julho.

Feitas as contas, a direita parlamentar (incluindo a Iniciativa Liberal), perde força face ao mês anterior, granjeando 38,3% das intenções de voto. Segundo a mesma sondagem, António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa perdem popularidade, mas continuam positivos — o primeiro-ministro vê a sua pontuação cair pelo segundo mês para 3 pontos (escala de 1 a 5), enquanto o Presidente da República perde quase meio ponto, ficando com 3,4 valores.

Rui Rio, presidente do PSD, tem 2,7 valores; Jerónimo de Sousa 2,7; Inês Sousa Real, do PAN, 2,9; Francisco Rodrigues dos Santos, do CDS, 2,5; João Cotrim Figueiredo, da IL, 2,6 e André Ventura 2,1 — tudo notas negativas. Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, fica à tona da água, com 3 valores.

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O estudo de opinião mostra ainda que o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, devem demitir-se — 69,5% e 75,9%, respetivamente. Cabrita é ainda apontado como o pior ministro por 42% dos entrevistados. No polo oposto está Marta Temido — 29,3% acham que é a melhor ministra do executivo de Costa.

Ainda de acordo com a sondagem da Intercampus, 75,6% dos entrevistados consideram que o primeiro-ministro deve reformular o Governo — apenas 13% afasta esse cenário. E 63% querem que isso aconteça “já”, sendo que se dividem em partes iguais aqueles que preferem que aconteça este verão, antes das autárquicas (15,7), e os que não se importam de esperar para depois das eleições locais (15%). Ainda 44% são favoráveis a essa ideia, mas só depois de assegurada a aprovação do Orçamento do Estado para 2022. A remodelação do Governo seria boa para a governação do país, segundo 56,3% dos inquiridos.

A sondagem contou com 607 entrevistas (294 homens e 313 mulheres), recolhidas entre 7 e 16 de julho. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de mais ou menos 4,0%.