O presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, contesta a tese do Ministério Público, que indica que Vítor Fernandes terá sido informador de Luís Filipe Vieira num esquema lesivo para o Fundo de Resolução, noticiou o Público.

O Ministério Público defende que Vítor Fernandes avisou Vieira de que o seu nome não poderia constar no processo de compra da dívida da Imosteps por um sexto do valor. António Ramalho, numa carta enviada à comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, diz que a decisão sobre o crédito da Imosteps não foi tomada por administrador, mas de forma colegial.

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Vítor Fernandes também fazia parte desse órgão, mas Ramalho explica que a área comercial tem a “responsabilidade de acompanhar o relacionamento e as operações de cada cliente, mas não toma decisões relativas a imparidades de crédito, nem a operações de venda ou de concessão ou reestruturação de créditos”.

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O antigo gestor do banco foi nomeado pelo Governo para presidir o Banco de Fomento. A nomeação foi, entretanto, suspensa e o Banco de Portugal pode vir a reavaliar a idoneidade de Fernandes.

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António Ramalho termina a carta, a que o Público teve acesso, dizendo que não tem “relação especial” com Vieira, não é sócio do Sport Lisboa e Benfica e não integra ou integrou nenhuma comissão de presidência do clube.